Cuiabá, Sábado, 13 de Dezembro de 2025
FIM DA NOVELA
29.08.2022 | 11h26 Tamanho do texto A- A+

Governo assina contrato do BRT; obra deve começar em 6 meses

Após imbróglio jurídico, Paiaguás anunciou retomada do projeto do modal que substituiu o VLT

Divulgação

O anteprojeto do BRT em Cuiabá, cujas obras devem começar no ano que vem

O anteprojeto do BRT em Cuiabá, cujas obras devem começar no ano que vem

CÍNTIA BORGES E ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

As obras do BRT (ônibus de trânsito rápido) na Grande Cuiabá deverão ter início em fevereiro do ano que vem, partindo da Avenida da FEB, em Várzea Grande. A informação é do secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Rafael Detoni.

 

Nesta segunda-feira (29), o Governo de Mato Grosso assinou o contrato para início das obras do BRT, que substituiu o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), após um imbróglio jurídico. 

 

O Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela empresa Nova Engevix, foi o vencedor da licitação, realizada no mês de março. Ao todo, a obra de mobilidade é orçada em R$ 468 milhões.

 

Segundo Detoni, o consócio venceu a licitação na modalidade de Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDCi) e a previsão é de que, assim que findada a primeira fase de projetos, tenham início as obras. A expectativa é de que isso ocorra daqui a seis meses.

 

“A primeira parte é o consórcio mobilizar a equipe de projeto e as entregas de projeto. No cronograma os projetos vão de 6 a 12 meses. Mas vamos esperar 12 meses para começar a obra? Não. É por etapa: entrega a primeiro trecho dos projetos, aprova, inicia-se a obra. E continua-se fazendo os projetos de outros trechos. A expectativa é que em seis meses a gente tenha o início das obras”, explicou.

 

Nesta etapa, os trilhos que eram do VLT, bem como a rede elétrica, já instalada na Avenida da Feb serão retirados para dar lugar ao novo modal.

 

“Vai ser feita uma remoção do que não se aproveita para o BRT: trilho, rede aérea e subestações de energia, mas a canaleta e o espaço dedicado para a circulação de ônibus permanecem. Então, as obras já executadas na FEB permanecem: drenagem, pavimentação e alargamento de pista permanecem”, explicou.

 

Assim que finalizado o trecho de Várzea Grande, o consócio dará seguimento às outras quase fases da operação. Sendo a segunda na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA); a terceira na Avenida Fernando Correa com a Avenida Coronel Escolátisco; a quarta fase, que engloba a Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) e Avenida 15 de Novembro, tendo fim na quinta fase, um entroncamento na Avenida Getúlio Vargas.

 

Tarifa

 

O secretário-adjunto tem a estimativa de que a tarifa entre do novo modal seja próxima a já praticada pelo transporte coletivo tradicional em Cuiabá e Várzea Grande, que atualmente é de R$ 4,95.

 

Ele explicou que, como é Estado quem vai adquirir os ônibus elétricos, deverá haver essa “compensação” no valor final do transporte.

 

“Em relação a definição de tarifa não muda muito em relação ao que já existe hoje. [...] O Estado vai adquirir a frota de ônibus e entregar para os operadores. Nós estamos fazendo um trabalho de redimensionamento da oferta, custos e do valor final da tarifa”. 

 

“Com o Estado comprando a frota de ônibus, esse custo sai da tarifa. E isso gera um benefício para o usuário”, garantiu.

 

Imbróglio

 

As obras do BRT estavam travadas devido a uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) dada em uma ação do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que defende o VLT.

 

Um entendimento recente do TCE apontou que a Corte de Contas da União não tem competência sobre questões relacionadas ao BRT, já que não há verba federal envolvida na licitação. Por conta disso, o órgão levou a questão para o Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Lá, o ministro Dias Toffoli apontou que o TCE tem competência de fiscalizar obras do BRT nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, destravando o imbróglio jurídico e liberando as obras.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

"Decisão do TCU é presepada e qualquer bocozinho sabe disso”

 

STF derruba decisão do TCU que travou licitação do BRT em MT

 

 

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Breno   29.08.22 21h58
Excelente Noticia. Parabéns Governador pelo Trabalho. Se cabe uma pergunta. ( O que será feito com os vagões que estão parados ). Nesse projeto esta incluído também arborização para recuperar o prejuízo e assim voltaremos a ter o nome de cidade verde. Sugestão: Deveria existir um programa para o comercio que a cada arvore comprada e doada junto a CDL, diminui um imposto estadual. O que acha Governador de implantar isso ? A cada 50 Metros uma arvore. Ipê Roxo, Amarelo, Branco + Arvores Frutíferas Acerola, Jabuticaba, Laranja, Maça, Fruta do Conde,
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Valdenir Lugato  29.08.22 15h16
Trata-se de uma excelente notícia. O usuário do transporte coletivo vai ter um tratamento diferente do atual. A nossa grande Cuiabá está se modernizando e proporcionando mais conforto para a população. Parabéns aos nossos gestores públicos.
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Elias   29.08.22 13h40
Tomara que esta novela tenha um ponto final e saia do papel, nao me importa se é BRT ou VLT o importante é um transporte digno e nao este que ai esta
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Juan Jamirez  29.08.22 12h17
Acreditem, vai ser bom e vai ficar bonito. Ruim seria se ainda fossem os ônibus a diesel, seria retrocesso mesmo. Mas já que há tecnologia e fábrica no Brasil de ônibus elétricos de boa qualidade, dá para usar tranquilo e fica viável. Mas lembramos que na época da copa, não tinha esse tecnologia, a BYD não fabricava aqui.
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Mauro  29.08.22 11h49
Espero que desta vez haja planejamento na execução da obra, sobretudo no que diz respeito a fiscalização no cumprimento do prazo.
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