O governador Pedro Taques (PSDB) enviou nesta quarta-feira (29) um substitutivo integral ao projeto que fixa a forma de pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores públicos.
Ele acatou a proposta dos deputados estaduais de pagar 7,36% dos 11,28% da RGA em três parcelas – 2% no mês de setembro deste ano e 2,68% nos meses de janeiro e abril de 2017, respectivamente.
Segundo o vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), pelo fato de a proposta ser juros sobre juros, o aumento final não será somente a soma das parcelas, o que resultará em um ganho final de 7,54%.
Já o restante, para atingir os 11,28%, será calculada sobre o subsídio de abril de 2017 e paga nos meses de junho e setembro do ano que vem. Entretanto, esse pagamento ficará condicionado a se atingir menos de 49%, do orçamento, com despesa de pessoal.
“O Governo enviou o substitutivo que foi apresentado pelos deputados. Serão 2% em setembro, 2,68% em janeiro e 2,68% em abril. E esses valores são acumulativos e vai dar em torno de 7,54%. Já o restante ficará condicionado ao enquadramento da Lei de responsabilidade Fiscal”, disse Botelho.
De acordo com o deputado, a proposta, apesar de não ter sido aprovada pelo Fórum Sindical, que representa os servidores de Mato Grosso, será votada na sessão vespertina desta quarta-feira (29).
“Mesmo sem acordo, vamos votar esse substitutivo. A base governista já está decidida a aprovar essa proposta. Não vai mais ter conversa. Porque nós tentamos de tudo, foram duas semanas negociando dia e noite. Dias que ficamos até às 2h da manhã. E, mesmo assim, sempre tem alguém do Fórum que coloca empecilhos e acaba não chegando a um acordo”, afirmou.
“Apesar de eles terem rejeitado, há vários sindicalistas que já estão apoiando essa proposta. Então, pode ser que a greve realmente se encerre”, disse.
Além dessa nova proposta, os deputados ainda devem votar o substitutivo apresentado pelo deputado Zeca Viana (PDT), que prevê nove parcelas da RGA - totalizando 11,28% - todas retroativas a maio de 2016, mês em que a reposição deveria ter sido paga. E sem o enquadramento da LRF.
Nos bastidores, entretanto, a informação é de que a proposta será rejeitada na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), por ser inconstitucional.
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9 Comentário(s).
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MARCUS VINICIO ARRUDA E SILVA 29.06.16 20h18 |
MARCUS VINICIO ARRUDA E SILVA, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |
Thiago 29.06.16 18h46 | ||||
Sr Anthero Luiz, quero lembrar que os servidores do estado tem plano de saúde, e você mesmo sabe que ele funciona em vários hospitais particulares, pois é fixado em hospitais placas do MT saude, o problema é que a unica pessoa que está sendo prejudicada é a população, não dá pra cobrir um santo e descobrir o outro, enquanto os servidores estiverem de greve, nós estamos sendo lesados em receber o serviço publico conforme estamos pagando, minha indignação é como população, e dependo também do serviço do estado , sou acadêmico do décimo semestra que por sinal , devido a greve não vou me formar conforme o previsto e estou perdendo a minha bolsa de mestrado, sendo assim também estou perdendo com a GREVE ! | ||||
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DALVA 29.06.16 17h25 | ||||
OS VALORES DOS OUTROS PODERES, FORAM COLOCADOS NA LDO DO FIM DE ANO PARA PAGARESSE ANO SERVIDORES, O SINDICATO EUS , DORMIRAM NO PONTO...E AGORA QUEREM DE QQ JEITO. | ||||
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Fabio 29.06.16 17h23 | ||||
Gente , vocês esqueceram que os servidores e dependentes do estado não precisam de Saúde publica? Eles tem o Plano de Saude , o MT saúde !Por isso esse descaso com a população Matogrossense ! | ||||
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DAVI CÁCERES 29.06.16 17h23 | ||||
Essa proposta do governo seria plausível se ele se comprometesse a suspender todos os concursos em andamento - PGE; Defensoria Pública e os previstos - sistema prisional; Perícia Técnica; Polícia Civil; Polícia Militar. Caso contrário ele continuará agindo irresponsavelmente como agiu até aqui. Para cobrar aceitação por parte do servidor o administrador público tem que fazer a sua parte. | ||||
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