Cuiabá, Terça-Feira, 1 de Julho de 2025
ABORTO
09.01.2023 | 14h06 Tamanho do texto A- A+

Jayme defende debate, mas prevê "pauleira" no Congresso

O senador afirmou ser a favor do aborto em casos de estupro, mas defendeu discussão "ampla"

Michel Alvim/Secom-MT

O senador Jayme Campos

O senador Jayme Campos

VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

O senador Jayme Campos (União) defendeu um debate sobre eventuais alterações na legislação sobre aborto no Brasil.

 

O assunto polêmico voltou em pauta após o início de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante sua campanha de eleição, o petista chegou a dizer que o aborto era uma “questão de saúde pública”.

 

Para o senador, a discussão é algo necessário, porém admite que será algo espinhoso.

 

“Nós temos que discutir, esse é o assunto que posso afirmar que vai demandar muito tempo para que, de fato, possamos formatar um projeto de lei que seja factível e sobretudo aceito pela sociedade brasileira”, afirmou em entrevista à rádio Capital FM.

 

“Difícil, vai ser pauleira, inclusive na Câmara [Federal], onde tem a bancada evangélica e de outros segmentos que não coadunam com este tipo de ideia”, acrescentou.

 

Questionado sobre sua opinião sobre a legalização do aborto, Jayme se mostrou favorável à lei já vigente no Brasil. No país o aborto não é criminalizado em caso de estupro, anecenfalia do feto e risco de vida para a mãe.

 

No entanto, o senador se mostrou aberto a discutir o assunto e, inclusive, citou países em que o aborto é legalizado. Ele ainda falou sobre as clínicas clandestinas que funcionam no Brasil.

 

“A sociedade brasileira, sobretudo as igrejas católicas e evangélicas, não quer que isso seja aprovado, mas não é por isso que não vamos discutir. Acho que é um direito amplo e já tem alguns países que o aborto é possível ser feito dentro da lei”, explicou.

 

“Hoje você sabe perfeitamente que temos centenas, milhares de abortos clandestinos feitos em clínicas meias-bocas. Existe muita picaretagem”, completou.

 

O senador ainda afirmou que “a ciência deve prevalecer” e acredita que o Congresso deva chegar a um meio termo na discussão e criar um projeto de lei que garanta um tratamento via SUS (Sistema Único de Saúde) para as mulheres.

 

 

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Joaquim  09.01.23 23h15
PERDEU MANE, CONGRESSO e nada é a mesma coisa vão ficar de fantoche, agora é EXECUTIVO via STF e acabou.
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