O primeiro secretário da Assembleia, deputado Guilherme Maluf (PSDB), negou a possibilidade de existir um “leilão” envolvendo a compra da vaga do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Humberto Bosaipo, que renunciou ao cargo em 2014.
No início do mês, os deputados aprovaram uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que visa destravar a indicação do substituto. Até o momento, a vaga está em aberto, dependendo de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para ser preenchida.
A este espaço, concorrem o próprio Maluf e os deputados José Domingos Fraga (PSD) e Sebastião Rezende (PSC).
Nos bastidores, há diversos rumores, desde a venda de votos, como a compra de vagas de conselheiros ainda em atividade. Para Maluf, são apenas “boatos”.
“Isso não existe. Até porque estamos vivendo duas situações muito complicadas por conta de negociação de vaga”, disse em referência às acusações contra o conselheiro afastado Sergio Ricardo.
“Então, não acredito em boatos de venda de votos. Não está havendo leilão na Assembleia”, completou.
Segundo o tucano, rumores sobre venda de cadeira no TCE sempre acontecem às vésperas de indicações no Legislativo.
“Não está havendo leilão. Mas toda vez que tem discussão sobre indicação para o TCE, alguém fala em venda de vaga. Já estou acostumado com isso, mas não existe”, afirmou.
Venda de vagas
Em janeiro deste ano, o juiz Luís Aparecido Bortolussi Júnior, da Vara Especializada de Ação Civil e Popular de Cuiabá, determinou o afastamento do conselheiro Sérgio Ricardo, do TCE, pela acusação de comprar sua vaga no órgão com dinheiro obtido de forma ilícita, por meio de esquema de corrupção durante a gestão do ex-governador Blairo Maggi (PP), atual ministro da Agricultura.
Na ação civil, o Ministério Público Estadual apontou que Sérgio Ricardo comprou a vaga de Alencar Soares. O valor da cadeira, segundo as investigações, foi de R$ 12 milhões - tendo sido confirmado o recebimento por Alencar de R$ 4 milhões.
A ação foi proposta em 2014. As investigações tiveram início após depoimentos prestados por Júnior Mendonça, em delação premiada, e pelo ex-secretário Eder Moraes.
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1 Comentário(s).
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Rubem 24.03.17 10h15 | ||||
A indicação à vaga no TCE, pertence a Assembléia Legislativa. Isso é incontestável. No entanto não necessariamente deve ser indicado um Deputado, até mesmo porque na sua grande maioria não atendem aos requisitos de notório saber jurídico e vida pregressa íntegra! | ||||
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