O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), afirmou que uma eventual greve dos servidores do Judiciário não é a melhor forma de pressionar o Parlamento pela aprovação do reajuste salarial de 6,8% encaminhado pelo Tribunal de Justiça (TJMT).

O projeto, que já foi aprovado em primeira votação, teve sua segunda votação adiada após um pedido de vistas do deputado Eugênio de Paiva (PSB) e deve voltar à pauta apenas na próxima quarta-feira (12).
O sindicato do Poder Judiciário anunciou que, caso haja um novo adiamento na próxima semana e o projeto não seja votado, a categoria entrará em greve por tempo indeterminado.
“Se for fazer uma greve ou um movimento para influenciar algo nesse sentido da Assembleia, não é o melhor caminho. O melhor caminho é o caminho do diálogo”, afirmou Max nesta quinta-feira (6).
O reajuste aos servidores do Judiciário prevê impacto de R$ 42 milhões em 2026 e beneficia cerca de 3,5 mil servidores.
No entanto, a votação do projeto tem dividido opiniões entre os deputados. Parlamentares da base do Governo são contra a aprovação pelo receio de que haja um “efeito cascata” com o reajuste do Judiciário, podendo causar prejuízo aos cofres do Executivo.
Outra parte dos deputados é a favor do reajuste e acredita que o aumento salarial dos servidores e não crê que haverá impacto negativo para o Estado.
Apesar da revolta dos servidores, Max explicou que a Assembleia tem seguido o trâmite legal para tratar sobre o projeto do Tribunal Justiça. Ele ainda afirmou que é possível haver um novo pedido de vistas na próxima sessão.
“O projeto está tramitando normalmente, dentro do prazo regimental. O pedido de vista é prerrogativa do deputado, assim como ocorre na Justiça. Se houver novo pedido, será votado na sessão seguinte. Tudo segue o trâmite regular”, disse.
Efeito cascata
Max também foi questionado sobre a alegação do Governo do Estado, que alerta para o impacto bilionário que o projeto de lei vai causar aos cofres públicos se for aprovado.
O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), afirmou que o valor pode chegar a R$ 1,6 bilhão.
“Lógico que se qualquer setor, qualquer órgão ganhar um aumento, os outros órgãos também têm direitos. Os servidores do Ministério Público também têm direitos, os servidores da Assembleia, os servidores do Poder Executivo, principalmente, porque é o que está mais defasado. Acho que todo servidor tem que brigar por recomposição, por aumento salarial, isso é muito importante”.
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