Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
ATRASO NO BRT
07.02.2025 | 14h00 Tamanho do texto A- A+

Max diz que único caminho era rompimento: “Queremos a obra pronta”

Presidente da ALMT disse que empresa, apesar de grande, não conseguiu executar obras em Cuiabá

Victor Ostetti/MidiaNews

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi, que falou das obras do BRT

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi, que falou das obras do BRT

GIORDANO TOMASELLI E CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), afirmou que o único caminho era o rompimento do contrato entre o Governo do Estado e o Consórcio Construtor do BRT (ônibus de trânsito rápido) em Cuiabá. 

Pelo caminho que a gente acompanhou, a única solução seria o rompimento, porque a empresa já não oferecia condições

 

Em conversa com a imprensa nesta semana, Max disse que, agora, a Assembleia espera uma "solução rápida" para as obras.

 

“Nós temos que acompanhar de perto e esperamos uma solução rápida. O que queremos é a obra pronta", disse ele.

 

"Pelo caminho que a gente acompanhou, a única solução seria o rompimento, porque a empresa já não oferecia mais condições e não estava entregando aquilo que se propôs de entregar na licitação”, acrescentou.

 

A declaração foi dada durante entrevista coletiva na sede das Promotorias de Justiça da Capital, onde Max participou da posse do novo procurador-geral de Justiça, Rodrigo Fonseca Costa.

 

O deputado disse que espera que o Governo execute a multa sobre o Consórcio e lamentou que a empresa, mesmo sendo grande, não tenha conseguido tocar as obras.

 

“Espero que o governo execute a multa, o governo falou algo em torno de R$ 50 milhões. Tem que realmente fazer isso porque a empresa veio pegar um projeto, ela fez o projeto, e não deu conta de fazer? É lamentável. E era uma empresa de 70 anos, parece que tinha uma história grande no nosso país”, disse.

 

Menor custo

 

Max disse não ver problema que o próprio Governo do Estado assumisse a execução direta da obra, mas a possibilidade foi rejeitada pelo governador Mauro Mendes (União). Segundo ele, o que a Assembleia quer é que a obra seja feita com menor custo possível.

 

O deputado reconheceu que a lentidão está gerando insatisfação na população, que se vê afetada diariamente no trânsito e admitiu que também está insatisfeito.

 

“O que precisa, quando acontecer isso, é os responsáveis serem penalizados. Por isso que eu falei, importante é multa, é sanção, é a empresa entender que Mato Grosso tem lei e que os contratos tem que ser cumpridos”.

 

“Eu acredito que está muito ruim, também sou cidadão, eu não estou feliz da forma que está. O que nós não podemos aceitar é que continue da forma que está, com esse transtorno tão grande para a nossa população”, encerrou.

 

Quebra do contrato

 

O governador Mauro Mendes decidiu na última quarta-feira (5), rescindir o contrato com o consórcio responsável pelas obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande, pela lentidão da obra.

 

A decisão foi motivada pelo não cumprimento reiterado do contrato, cuja obra iniciou em 24 de outubro de 2022 e tinha prazo para ser completamente entregue em 13 de outubro de 2024, o que não aconteceu.

 

Segundo análise, o consórcio só conseguiu executar pouco mais de 18% do empreendimento até o momento. Além disso, segundo o governo, o Consórcio não honrou compromissos com fornecedores, mesmo recebendo rigorosamente em dia do Governo.

 

O Consórcio Construtor BRT Cuiabá, que executava as obras, é composto pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda.

 

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