Cuiabá, Sexta-Feira, 5 de Dezembro de 2025
SEM GOLPE DE ESTADO
05.12.2025 | 14h10 Tamanho do texto A- A+

Mendes defende Bolsonaro: “Foi condenado por ter pensado?”

O governador criticou a dosimetria das penas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023

Mayke Toscano/Secom

O governador Mauro Mendes, que se disse contra prisão de Bolsonaro

O governador Mauro Mendes, que se disse contra prisão de Bolsonaro

GIORDANO TOMASELLI
DA REDAÇÃO

O governador Mauro Mendes (União) voltou a dizer que não vê elementos que justifiquem a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal. 

 

Não vimos nenhum tiro, nenhum tanque na rua, nenhuma tentativa [de golpe]. Vai ser condenado por ter pensado?

Segundo Mendes, ele, assim como a maioria dos brasileiros, não viram uma tentativa de golpe e que, caso tenha pensado em fazê-lo, Bolsonaro não pode ser condenado por isso.

 

“Quanto a Bolsonaro, não vi os documentos, mas na prática eu e a grande maioria dos brasileiros não vimos nenhum tiro, nenhum tanque na rua, nenhuma tentativa [de golpe]", afirmou em entrevista ao podcast do Correio Braziliense na quarta-feira (3).

 

"É como se alguém falasse que está pensando em cometer um crime, pensei, mas não fiz, e ai? Vai ser condenado por ter pensado?”, acrescentou.

 

Bolsonaro está detido desde o último dia 22, após a PF cumprir ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão sob justificativa de garantir a ordem pública. Na ocasião, o ex-presidente tentou violar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda.

 

Mendes evitou falar sobre o cenário nacional para 2026, mas reforçou que na sua opinião não houve tentativa de golpe.

 

“A politica está muito instável. Eu não vi esse chamado golpe, ouvi dizer que tem um relatório, que tem um memorando, mas não vi nenhum tiro [ser disparado]. Vi só um monte de baderneiros invadindo o Congresso Nacional”. 

 

Erro na dosimetria

 

O governador também criticou as penas impostas aos bolsonaristas que invadiram os prédios dos Três Poderes em Brasília em 8 de janeiro de 2023. 

 

Mendes disse que já viu criminosos saírem no dia seguinte ao crime após audiência de custódia e que penas de 17 anos por depredação aos prédios públicos não se justifica. 

 

“Eu sou contra [invadir e depredar prédios públicos], acho que eles tinham que ser presos e condenados mesmo, mas nao a 17 anos. Porque já vi gente matando, roubando e estuprando saindo da delegacia no dia seginte após audiência de custódia”, disse. 

 

“Já vi o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) invadir várias vezes aqui [Congresso Nacional] e nunca vi eles sendo condenados a 17 anos de prisão. Acho que houve um equívoco. em minha opinião, de dosimetria das penas, embora eu ache que eles precisavam ser penalizados”, encerrou.

 

Veja o vídeo:

 

 

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