A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, afirmou que ainda não há comprovação de que quatro advogados tenham tentado fugir do Centro de Ressocialização Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande.

Os advogados apontados como autores da suposta tentativa de fuga são Nauder Júnior Alves Andrade, de 30 anos, Pauly Ramiro Ferrari Dourado, de 45, Paulo Renato Ribeiro, de 52, e Fábio Monteiro, de 63.
A ocorrência teria sido registrada na sala de Estado-Maior, onde os quatro estão presos, na madrugada do dia 5 de novembro, conforme a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus).
Em entrevista nesta segunda-feira (10), Gisela tratou o episódio como uma “suposta tentativa de fuga” e destacou que a entidade acompanha de perto todas as apurações.
“Estamos buscando informações sobre essa suposta tentativa de fuga. Suposta! Não há qualquer comprovação de que esses advogados tentaram fugir e de que as coisas aconteceram como foram narradas”, afirmou.
Segundo a Sejus, naquela madrugada policiais penais foram acionados para verificar um barulho no local e constataram que o ferrolho da grade do banho de sol estava solto, indicando possível dano.
De acordo com Gisela, os advogados negam qualquer tentativa de fuga. “Não houve, pelas informações repassadas, qualquer tentativa de fuga”, disse.
“O relatório diz que não há a menor condição de se promover uma fuga da forma como foi noticiada”, acrescentou.
“Alegam irregularidades”
Questionada sobre possíveis irregularidades no tratamento dado aos presos, Gisela afirmou que a OAB-MT não descarta nenhuma hipótese e garantiu rigor na apuração dos fatos. Ela, no entanto, não detalhou quais seriam essas irregularidades alegadas.
“Eles alegam irregularidades, e a OAB vai buscar informações, investigações, e vamos até o final para entender o que aconteceu. Se houve irregularidade e violação ética por parte dos advogados, não tenham a menor dúvida de que a OAB vai agir para punir todo e qualquer advogado”, afirmou.
“Mas, se houve irregularidade por parte do sistema prisional e violação de prerrogativas, nós vamos exigir respostas e as medidas necessárias”, completou.
Segundo ela, o Tribunal de Defesa das Prerrogativas e o grupo de acompanhamento do sistema prisional da OAB-MT estão atuando diretamente no caso para esclarecer os fatos.
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