Cuiabá, Segunda-Feira, 7 de Julho de 2025
SIMULACRUM
01.04.2022 | 07h00 Tamanho do texto A- A+

Paccola defende PMs presos: "Vagabundo armado deve morrer"

Ação cumpriu mandados de prisão contra 81 militares na quinta; vereador já integrou Bope

Reprodução

O vereador tenente-coronel Marcos Paccola, que criticou a Operação Simulacrum

O vereador tenente-coronel Marcos Paccola, que criticou a Operação Simulacrum

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) saiu em defesa dos policiais militares presos pela Polícia Civil, na quinta-feira (31), durante a Operação Simulacrum. Ele fez duras críticas à ação e disse que terá efeito negativo na sociedade.

 

A Simulacrum foi deflagrada para cumprir 81 mandados de prisão temporária contra policiais militares e 34 mandados de busca e apreensão. Segundo as investigações, o grupo de militares teria atuado na morte de 24 pessoas, em Cuiabá e Várzea Grande, além da tentativa de homicídio de, pelo menos, outras quatro pessoas.

 

Paccola é militar e já atuou no Bope (Batalhão de Operações Especiais). Na sessão de quinta na Câmara de Cuiabá, o vereador afirmou que a operação teve como base a delação de um suposto integrante de facção criminosa. 

 

“É uma manhã de bastante tristeza, porque [os militares] foram atuar, mataram faccionados e foram presos acusados de simular confrontos. E muitas vezes ouvimos: ‘Como há confronto se o vagabundo não atirou?’. Tiveram três situações na minha vida em que comecei tomando tiro, não tive oportunidade de começar atirando. E nós não conseguimos virar o jogo”, afirmou.

 

Bateu de frente com a polícia, tem que morrer. Se está disposto a matar um cidadão, um policial, tem que ir para vala, sim

“Quando o criminoso atira primeiro é porque a polícia falhou. A polícia tem que agir primeiro. E vagabundo que sai com arma na mão para roubar, está disposto a tomar tiro para morrer. Vagabundo que sai armado na rua tem que ir para ‘pedra’. Bateu de frente com a polícia, tem que morrer. Se está disposto a matar um cidadão, um policial, tem que ir para vala, sim”, acrescentou.

 

Paccola relembrou que já passou por processos judiciais em que teve que responder por mortes durante ações policiais.

 

O parlamentar já foi acusado pelo Ministério Público Estadual de falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informações. Ele foi alvo da Operação Coverage, que apurou a adulteração de dados de uma arma utilizada em sete crimes de homicídio (quatro tentados e três consumados) praticados pelo grupo de extermínio denominado “Mercenários”.

 

“Quero me solidarizar, porque diversas vezes passei o que esses policiais estão passando. De estar ali em uma ocorrência e cinco, três dois ou um vagabundo ser morto em assalto a banco. E falam: “Amanhã, vocês estão presos’".

 

“Não precisa disso. Abre um processo, denuncia os policiais. [...] Os senhores verão o quanto isso vai impactar negativamente nas ações da Polícia em defesa da sociedade”, completou.

 

Veja vídeo:

 

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
10 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Ademar Adams  01.04.22 20h34
Ademar Adams, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
Devair   01.04.22 19h20
Devair , seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
Alex r  01.04.22 15h31
Rapaz leio esse povo julgando e sentenciando a morte tão levianamente que eu penso : Será que eles não pensam que dando tal poder - vida/morte - seremos nós vitimas disso? Percepção de bandido sem julgamento? Que apresentem a lei de pena de morte no Brasil e quem sentenciou... Não amigos isso é barbárie e homicídio simplesmente. Claro que há inocentes pra isso serve investigação e julgamento.
29
22
auremacio carvalho  01.04.22 14h22
1-Declaração de espírito de corpo, em defesa de colegas. 2- Nenhum Promotor vai pedir a prisão de 81 pessoas, militares ou civis, sem os mínimos indícios de autoria e materialidade. 3- Nenhum juiz também vai decretar a prisão se não tiver convencido, de forma inicial, da materialidade e autoria. 4- Seria um tiro no pé pros dois. 5- Os presos terão direito à ampla defesa e contraditório, testemunhas, perícias, etc. 6- Não são inocentes ou culpados, previamente, O andamento do processo mostrará a verdade.7- O ten-cel é adepto do jargão "bandido bom é bandido morto".... o que é lamentável, dada a sua graduação de oficial. 8- Por mais que seja bandido, o cidadão merece ser preso e julgado por uma devido processo lega; não, justiçado ou executaado. 9- O Policial militar, sabe bem o ten-cel é o ESTADO fardado e armado; podendo matar se em legítima defesa própria ou de terceiros. 10- lamentável sua fala.
35
17
jose   01.04.22 10h23
Tomo doriu , quando a vitima de um criminoso for vc ou algum membro de sua familia vc mudará de tese .......falar atras de um tela é facil ...
68
22