Cuiabá, Terça-Feira, 8 de Julho de 2025
GREVE NA EDUCAÇÃO
21.05.2019 | 11h45 Tamanho do texto A- A+

Petista diz que reajuste é direito garantido e deve ser cumprido

Profissionais cobram cumprimento da Lei da Dobra do Poder de Compra, aprovada em 2013

Alair Ribeiro/MidiaNews

O deputado Valdir Barranco, que apontou falta de diálogo do Governo com profissionais da Educação

O deputado Valdir Barranco, que apontou falta de diálogo do Governo com profissionais da Educação

CAMILA RIBEIRO E DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O deputado estadual Valdir Barranco (PT) afirmou ser legítimo o movimento grevista dos profissionais da Educação do Estado, que terá início a partir da próxima segunda-feira (27).

 

Uma das principais reivindicações dos profissionais diz respeito à Lei da Dobra do Poder de Compra, aprovada em 2013 e que dá direito a cerca de 7% de reajuste a mais anualmente na remuneração dos professores, além da RGA, durante 10 anos.

 

O Executivo dá sinais de que, em função das dificuldades de caixa do Governo, não deverá conceder o reajuste.

 

“Não são benefícios, são direitos garantidos em lei. A RGA está na Constituição e a lei que estabelece a dobra do poder de compra foi objeto de muita discussão, inclusive acompanhada pelo MPE, pela Procuradoria Geral de Justiça. Isso se tornou uma lei e o Governo tem que cumprir”, disse Barranco.

 

Não são benefícios, são direitos garantidos em lei. Isso se tornou uma lei e o Governo tem que cumprir

Na avaliação do petista faltou diálogo do governador Mauro Mendes (DEM) com os profissionais da Educação, de modo que o movimento grevista tornou-se algo “incontornável”.

 

Todavia, Barranco admite que a greve é um “atraso” e traz uma série de prejuízos a todos os envolvidos no movimento.

 

“Acho que o governador Mauro Mendes deveria ter tido mais paciência, mais disposição ao diálogo. E agora vejo que a greve é incontornável. A greve está decidida, a partir de segunda-feira as escolas irão parar e as consequências certamente serão muito ruins”, disse.

 

“A greve não interessa a ninguém, nem aos estudantes, nem aos professores - que depois vão ter que repor as aulas -, não interessa à sociedade, não interessa ao Estado. Greve é sempre um atraso, o que se perde durante o período de greve não se recupera na sua totalidade”, acrescentou.

 

Números “manipulados”

 

Ainda durante a entrevista, o deputado petista demonstrou não acreditar nos dados divulgados pelo Governo do Estado na manhã desta terça-feira (2) que apontam para o estouro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no que diz respeito a gasto com pessoal (atingindo patamar de 61,72%, acima do permitido na legislação).

 

“Numero é número, cada um manipula do jeito que quer. Números podem ser manipulados”, resumiu.

 

“Reitero: o que faltou foi diálogo. O Governo não sentou, não dialogou. Acho que ele está pensando que é brincadeira isso aí, pensando que ele vai dar um grito e todo mundo vai voltar para sala de aula. Não sei como vai resolver isso. Infelizmente é muito ruim para o Estado”, concluiu.

 

Leia mais sobre o assunto:

Governo extrapola limite com folha e fala até em demitir efetivos

 

Professores da rede estadual aprovam greve a partir de segunda

 

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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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Raymison  22.05.19 20h38
Aumento real de salário deveria ser açompanhado com o desempenho. Pagamos o 3 melhor salário do Brasil e estamos entre as piores notas. Isso é uma vergonha.
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ILDO PEREIRA  22.05.19 11h16
O nobre Deputado esqueceu que pra se pagar precisa haver receita prevista, o Estado nao esta conseguindo pagar nem os Salarios em dia.
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Daiane Andrade  22.05.19 09h27
é frustante viver em uma sociedade que nao valoriza professor. Sou a favor sim! A gente paga imposto para ter educação e com exceção dos alunos que nao querem nada com nada, as atribuições estão sendo cumpridas.
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EDEGAR PORSCH  22.05.19 09h13
Este Valdir Barranco, só quer ver circo pegar fogo... Do jeito que está, servidor público descontente deve pedir as contas e ir trabalhar no setor privado... Daí vai ver o que é bom... Fazer greve é coisa do passado, hoje tudo mudou, coisa difíceis, todos estão abrindo mão de alguma coisa e vivendo com menos renda, e funcionário público também deve ser assim...
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Irzair Ciro Corrêa  21.05.19 22h31
Parece que o Jorge pensa que professor não paga impostos. Vc reclama de pagar o salário do judiciário? Se liga Jorge!
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