Cuiabá, Quinta-Feira, 4 de Dezembro de 2025
DEPUTADO DO RJ
04.12.2025 | 08h06 Tamanho do texto A- A+

PF encontra R$ 90 mil em dinheiro vivo no carro de Rodrigo Bacellar

Além do dinheiro, três celulares também foram apreendidos e serão submetidos à perícia técnica

Reprodução

PF encontrou R$ 90 mil em espécie dentro do carro usado por Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj

PF encontrou R$ 90 mil em espécie dentro do carro usado por Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj

DO UOL

A Polícia Federal encontrou R$ 90 mil no carro do deputado estadual Rodrigo Bacellar (União), presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), preso pela Polícia Federal na manhã de hoje.

 

A defesa do Deputado Rodrigo Bacellar nega que o parlamentar tenha atuado para obstruir investigações envolvendo facções criminosas

Foram encontrados R$ 90,8 mil em espécie no veículo do parlamentar, segundo a PF. Além do dinheiro, três celulares também foram apreendidos e serão submetidos à perícia técnica criminal.

 

PGR (Procuradoria-Geral da República) citou "situação financeira" de Bacellar para pedir prisão por risco de fuga. A justificativa para prisão preventiva foi impedir que houvesse danos à produção de provas, "dada a ampla influência" de Bacellar.

 

Ele foi alvo da operação Unha e Carne, que prendeu ex-deputado estadual TH Joias (MDB). A ação, deflagrada em setembro, apura o vazamento de informações sigilosas no âmbito da Operação Zargun.

 

Bacellar teria orientado TH Joias a esvaziar casa antes da operação em setembro que o prendeu. Informações reunidas pela PF mostram indícios da conversa dos dois um dia antes da operação que prenderia TH Joias.

 

Aliado do governador Cláudio Castro (PL), Bacellar é cotado para disputar o governo do Rio em 2026. Ele foi eleito pelo Solidariedade em 2018 e, em 2022, reeleito pelo PL, antes de migrar para o União Brasil no ano passado. Presidiu a Alerj em 2023 e foi reconduzido ao cargo por unanimidade neste ano. Também ocupou o posto de secretário de Estado de Governo em 2021.

 

Em nota, a Alerj disse que não foi comunicada oficialmente sobre a operação e que vai tomar as medidas cabíveis assim que tiver acesso a todas as informações.

 

Defesa de Bacellar diz que prisão é "totalmente desproporcional". O advogado Bruno Borragine declarou à imprensa que Bacellar está bem e "confiante" que a prisão não será referendada pelos deputados da Alerj amanhã.

 

Ele também nega conduta criminosa do deputado: "Rodrigo não praticou nenhuma conduta ativa para tentar burlar a justiça e o processo, nem muito menos para auxiliar em eventual impedimento de provas ou destruição de provas", declarou o advogado.

 

Bacellar esclareceu "tudo o que lhe foi perguntado" pela PF. Em nota, a defesa voltou a negar obstrução e compartilhamento de informações sigilosas.

 

“A defesa do Deputado Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nega que o parlamentar tenha atuado para obstruir investigações envolvendo facções criminosas. Bacellar também refuta qualquer acusação de que vazou informações a potenciais alvos de operações, o que teria justificado a decretação de sua prisão preventiva. Nesta tarde, ele foi ouvido pela Polícia Federal e esclareceu tudo o que lhe foi perguntado”, diz a nota da defesa do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar.

 

Operação contra TH mirou relação com o CV

 

Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, foi preso por tráfico e associação ao CV. Ele foi acusado de usar o mandato para beneficiar a facção criminosa.

 

De acordo com o Ministério Público, TH nomeou comparsas para cargos na Alerj e atuou diretamente como intermediário na compra e venda de drogas, armas de fogo e aparelhos antidrones que seriam usados pelo tráfico, além de ter realizado pagamentos a integrantes do CV.

 

Operação Zargun também teve outros funcionários públicos com atuação no Rio como alvos. Dentre eles estavam um delegado, policiais militares e o ex-secretário estadual e municipal do Rio Alessandro Pitombeira Carracena.

 

Prisão de TH comprova que o CV estava infiltrado na Alerj, disse o secretário de Polícia Civil do Rio. "Estamos diante de uma investigação que comprova a infiltração direta do crime organizado dentro do Parlamento fluminense. O deputado eleito para representar a sociedade colocou seu mandato a serviço da maior facção criminosa do Rio de Janeiro", afirmou o delegado Felipe Curi.

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