A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), rejeitou a sugestão do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, que pediu que o DAE (Departamento de Água e Esgoto) sofra uma intervenção do Governo do Estado.

Na última semana, o conselheiro disse que iria pedir ao Ministério Público Estadual (MPE) que acionasse a Justiça para determinar a intervenção, pois acredita que a situação do abastecimento no município exige resposta semelhante à adotada na Saúde de Cuiabá.
Moretti descartou a possibilidade e defendeu mais uma vez a privatização. A prefeita ressaltou que o processo já está em andamento, mas leva tempo para que os estudos sejam concluídos.
“Tudo isso é política, técnica é o que eu estou fazendo. Está sendo feito um diagnóstico para concessão do DAE. Eu, como prefeita, estou cumprindo o trâmite legal da concessão privada”, disse à imprensa.
“Não fazemos a concessão ou privatização em 30 dias, é todo um rito processual seguido por lei, determinado pela legislação, para depois a gente faça o leilão. Foi feito todo o levantamento técnico, patrimonial, não se faz isso em 30 dias, até porque o DAE não tinha nem as informações que a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) precisava para fazer esses levantamentos”, acrescentou.
"Matando população de sede"
Ela também rebateu a fala do presidente da Câmara Municipal, Wanderley Cerqueira (MDB), que disse que a prefeita está “matando a população de sede”.
“Quanto a fala do Wanderley Cerqueira, que estou matando a população de sede, a população já passou muito mais dificuldade do que passa hoje em Várzea Grande. Então é uma questão de tempo e um tempo próximo, porque a minha decisão foi pela concessão privada”, afirmou.
Ainda sobre a demora, Moretti prevê concluir o processo entre maio e junho de 2026 e explicou que antes disso, a privatização tem que passar pela Câmara e órgãos de controle, como o próprio TCE e a Ager (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso).
“A minuta do plano de saneamento vai para a Câmara Municipal no ano que vem, para ser aprovada e, sendo aprovada, a gente já faz o trabalho da modelagem contratual da concessão privada, que também tem que passar pelo TCE e pela Ager, órgãos de fiscalização do DAE", completou.
Na última quarta (26), o governador Mauro Mendes (União) já tinha descartado a possibilidade de assumir o DAE, dizendo que os gestores municipais devem assumir suas responsabilidades administrativas ainda que sejam onerosas.
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