O presidente do Tribunal de Contras do Estado (TCE), conselheiro Antônio Joaquim, negou o uso da instituição como palanque eleitoral para uma eventual disputa de cargo eletivo, nas eleições de 2018.
Nos bastidores há especulações de que ele poderá sair candidato ao Governo do Estado.
“Essa especulação está na mídia e não dá para esconder. Mas quero dizer às pessoas que se preocupam com isso que jamais vou utilizar o TCE de forma indevida”, disse Joaquim, durante abertura do 5º Fórum Municípios e Soluções, promovido pelo TCE.
A legislação proíbe que conselheiros tenham atividade político-partidária.
“Enquanto eu estiver na presidência do Tribunal, não posso militar politicamente e partidariamente. Tenho o mesmo impedimento que os juízes”, disse.
“Não vou usar o Tribunal. Sou um homem republicano, honesto, mãos limpas. Não sou homem ‘assombrado’, não adianta me pressionar. Pressão em cima de mim funciona ao contrário: me estimula para a briga”, completou Joaquim, sem citar nomes.
Questionado se estaria sofrendo algum tipo de pressão, ele desconversou.
“Percebo que há um ar de pressão, de tensão em relação a isso. Mas reafirmo: não serei nenhum instrumento de ilegalidade, jamais vou usar meu cargo de forma indevida”, disse.
Joaquim admite, contudo, que no próximo ano deixará a presidência do TCE. Até lá, ele reitera que não irá tratar de candidatura, filiação ou qualquer assunto relacionado à política.
“Enquanto eu estiver no Tribunal, não tenho a mínima condição de falar sobre partido, sobre candidatura, de política eleitoral partidária. O que é certo é que estou decidido e vou sair do Tribunal no ano que vem. Quando eu sair, eu debato sobre isso”, afirmou.
“Viés eleitoral”
Em setembro passado, em meio a especulações de eventual candidatura de Antônio Joaquim, o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, chegou a criticar algumas declarações do presidente do TCE. Na ocasião, Joaquim afirmou que o governador Pedro Taques (PSDB) deveria "assumir o protagonismo" em relação às obras paradas do VLT.
O chefe da Casa Civil, por sua vez, questionou as motivações das críticas feitas ao Governo.
"Eu gostaria de saber se quem está fazendo essas reiteradas críticas ao Governo é o conselheiro ou o pretenso candidato ao Palácio Paiaguás em 2018? Entendo que o conselheiro tem todo o direito de querer voltar para a política eleitoral, mas que, então, ele deixe seu cargo para fazer um debate franco. O que não se pode, e quero crer que isso não esteja acontecendo, é ele usar a instituição para subir no palanque e potencializar seu discurso", afirmou Paulo Taques, à época.
Na manhã de hoje, Antônio Joaquim disse que está tranquilo em relação às declarações do secretário e negou qualquer tipo de “ruído” no relacionamento entre o TCE e o Executivo.
“Não há problema nenhum com o Executivo, estamos fazendo nosso papel legal e constitucional de fiscalização. Não tenho nada a reclamar do Poder Executivo, convivemos em harmonia, há clareza nas atribuições de cada um, não há nenhum ruído nessa relação”, concluiu.
Leia mais sobre o assunto:
Casa Civil questiona motivação de críticas de conselheiro do TCE
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
1 Comentário(s).
|
Libanes cuiabano 10.11.16 07h30 | ||||
Uma vergonha! Se já assume que tem intenção deveria se afastar desde já | ||||
|