O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, destituiu o deputado federal Fabio Garcia da presidência do partido em Mato Grosso por ele ter votado de modo favorável à reforma trabalhista do Governo do presidente Michel Temer (PMDB).
No início da semana, em uma reunião em Brasília, a Executiva Nacional havia decidido fechar questão contra as reformas trabalhista e previdenciária em tramitação na Câmara dos Deputados.
De acordo com informações da assessoria de Siqueira, a destituição do parlamentar foi comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além dele, foram destituídos da presidência do partido nos seus respectivos Estados por descumprirem a orientação partidária contra a reforma trabalhista: os deputados federais Maria Helena, de Roraima; Danilo Forte, do Ceará, e Tereza Cristina, do Mato Grosso do Sul, esta última líder do partido na Câmara.
Uma nota será enviada ainda hoje pela assessoria do presidente nacional do partido.
Já Garcia não atendeu as chamadas em seu celular. Sua assessoria informou que ele está em um voo para Porto Alegre do Norte, no interior do Estado, no projeto Caravana da Transformação, do governador Pedro Taques (PSDB).
A reforma
Além de Garcia, foram favoráveis à proposta os deputados Carlos Bezerra (PMDB), Valtenir Pereira (PMDB), Victório Galli (PSC), Nilson Leitão (PSDB) e Ezequiel Fonseca (PP). O único da bancada mato-grossense a se manifestar contrário foi o deputado Ságuas Moraes (PT).
O deputado Adilton Sachetti não participou da votação. Nesta semana, o parlamentar perdeu a esposa vítima de um câncer.
O texto acabou sendo aprovado por 296 votos a favor e 177 contrários e segue agora para análise do Senado.
O PL 6787/16 altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para prever, entre outras medidas, a prevalência do acordo sobre a lei, regras para o trabalho intermitente e o fim da contribuição sindical obrigatória e da ajuda do sindicato na rescisão trabalhista.
A proposta estabelece ainda que a convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho prevalecerão sobre a lei em 16 pontos diferentes, como jornada de trabalho, banco de horas anual, intervalo mínimo de alimentação de meia hora, teletrabalho, regime de sobreaviso e trabalho intermitente.
Poderão ser negociados ainda o enquadramento do grau de insalubridade e a prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia do Ministério do Trabalho.
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5 Comentário(s).
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Amanda Duarte 28.04.17 10h04 | ||||
Traiu o voto de seus eleitores! Nunca mais será eleito! | ||||
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Divina 28.04.17 06h36 | ||||
Nós não podemos permitir que políticos eleitos por nos ajam contra os nossos direitos, pois estes defensores desta dita reforma afirmam que é para fins de criação de empregos e etc., mas convenhamos porque esta reforma só afeta a classe trabalhadora e em nenhum momento eles nossos representantes serão afetados por esta reforma...só a população comum será afeta. Acredito que esta na hora de pararmos de elegermos esses políticos que só pensam e trabalham em beneficio próprio. | ||||
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Augusto 27.04.17 18h09 | ||||
Seja bem vindo aou PSDB deputado. PSDB já fez convite ao deputado. Estamos de portas abertas para receber o Senhor deputado e postura firme. | ||||
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GERALDO 27.04.17 16h57 | ||||
Se votar a favor da reforma da previdência vai perder muitos votos | ||||
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Elias Neves 27.04.17 16h19 | ||||
Os defensores da dita "reforma" trabalhista, ao afirmar que é a "única" forma de se criarem empregos, ignoram cinicamente o período recente em que o país cresce com distribuição de renda, melhorou o poder aquisitivo dos assalariados, aumentou o nível de empregos com carteira, promoveu a estabilidade das contas pública por meio do aumento da arrecadação de impostos e recursos previdenciários. É contra essa regressão humana e esse retrocesso histórico que os movimentos sociais se levantam neste momento. Primeiro para impedir que o PL 6.787 seja aprovado entre hoje e amanhã como quer o governo, na Câmara dos Deputados. Depois, para continuar resistindo caso o projeto passe adiante e seja encaminhado para o Senado. A convocação da greve geral para esta sexta-feira (28) é mais uma etapa dessa batalha. https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2017/04/26/stf-investiga-relator-da-reforma-por-relacao-com-terceirizada-fraudulenta.htm | ||||
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