Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
“PAUTA CONSERVADORA”
20.02.2025 | 11h35 Tamanho do texto A- A+

Ranalli quer proibir investimento no Carnaval por 4 anos; vídeo

Vereador busca assinaturas para que projeto de lei seja votado em urgência, antes das festas de 2025

Victor Ostetti/MidiaNews

O vereador Rafael Ranalli quer que a pauta seja discutida em regime de urgência

O vereador Rafael Ranalli quer que a pauta seja discutida em regime de urgência

VITÓRIA GOMES E GIORDANO TOMASELLI
DA REDAÇÃO

O vereador Rafael Ranalli (PL) afirmou nesta quinta-feira (20) que vai apresentar um projeto de lei que proíbe a Prefeitura de Cuiabá de investir em eventos ligados ao Carnaval pelos próximos quatro anos.

 

Que não tenha Carnaval. [...] Que o dinheiro não vá para o carnaval, que vá para outra atividade cultural

“Já que ele [o prefeito Abilio Brunini] alega calamidade financeira e porque muita gente utiliza a saúde pública, educação e reclama que não tem condições não é justo que o dinheiro vá para o Carnaval. Esse é o meu pensamento”, afirmou.

 

Segundo ele, o projeto será apresentado na sessão da próxima terça-feira (25). No entanto, o vereador já está colhendo assinaturas para colocar a pauta em regime de urgência, visando tentar aprovar a proposta antes do Carnaval, que ocorre no início de março.

 

“Vou deixar bem especificado, não é em toda e qualquer festa, é específico do Carnaval, porque sempre quando vou discutir um projeto aqui, que vocês tratam como polêmico, a primeira pergunta que vem é: ‘E o Carnaval? Por que o Carnaval pode?’. Então pronto, o Carnaval não pode, tem pessoas na fila do SUS, na fila de cirurgia e o dinheiro que vá para a saúde e educação”, disse.

 

Apesar do argumento do vereador, os recursos que são utilizados para investir em eventos como Carnaval e outras festas são repassados pela Secretaria Municipal de Cultura e não podem ser transferidos para outras Pastas, como Saúde e Educação.

 

Ranalli ainda foi questionado se projeto não poderia penalizar empresários, comerciantes e a própria economia de Cuiabá. Ele, no entanto, minimizou a preocupação.

 

“De maneira alguma. É apenas a Prefeitura não colocar dinheiro público. Ninguém aqui é contra o Carnaval, ninguém está falando para não ter a festa. Os bares não vivem do dinheiro público”, disse.

 

Ele ainda afirmou que aqueles eventos de Carnaval que não se viabilizam sem o investimento da prefeitura devem acabar.

 

“Que não tenha Carnaval. [...] Que o dinheiro não vá para o Carnaval, que vá para outra atividade cultural que fomente a cultura da mesma maneira”, disse.

 

“É uma pauta conservadora. Ao meu ver, são essas pautas que a gente defende. Como eu sempre repito, é para isso que fui eleito”.

 

Veja o vídeo:

 

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COMENTÁRIOS
12 Comentário(s).

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Roberto de Barros Freire  21.02.25 11h13
É fácil aumentar o orçamento do governo para a saúde e a educação: basta acabar com as injustas isenções das igrejas. Não é preciso acabar com o carnaval.
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Pedro  21.02.25 10h58
No Natal, Cuiabá não tinha uma árvore com luzes para comemorar. Seria justo ter Carnaval? Independente de ideologia, não é hora para gasto com uma festa que aqui é um conto. Há quanto tempo não tem? O que deveria ter era as cervejarias/refrigerantes investindo nos blocos carnavalescos que vem brigando todo ano para sobreviver.
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andre  21.02.25 09h54
Muito bom, excelente Vereador!, não faz sentido a cidade perecendo com falta de recursos em varias áreas, como saúde, educação para investir em festa mundana que só gera gastos, doenças e problemas para sociedade como um todo.
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Antonio  21.02.25 06h56
Estranho como esse pessoal é contra a cultura.
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Luiza Cristina  20.02.25 20h48
Muito da crítica a gastos com Carnaval é moralista e pautada por gosto pessoal. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, no artigo XXIV, reconhece o direito a lazer a todo ser humano. A Constituição coloca o lazer no artigo 6º, dos direitos sociais. Ao lado de educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados. Já o artigo 23 estabelece como competência da União, dos estados e dos municípios, no inciso V, proporcionar meios de acesso à cultura. Quem tem como pagar por diversão acha que o poder público tem de propiciar apenas o imprescindível à sobrevivência. Porém, não basta ter saúde, alimentação. A vida é mais que sobreviver. A Constituição e a Declaração Universal dos Direitos Humanos colocam entre os papéis do poder público garantir oportunidades de diversão como algo essencial.O problema é que os governos não são capazes de propiciar nem saúde, educação, moradia, segurança a contento. E não defendo tirar da educação e da saúde para fazer festa. Não se trata disso. Porém, não acho que só seja possível investir em cultura e lazer quando todos os outros problemas estiverem resolvidos. Exemplo de Chapada de uma cidade turística e que tem carnaval, Promover Carnaval, nesses casos, é investimento. Se bom ou ruim, depende do tamanho da despesa e do retorno obtido. Há gastos exagerados. Mas, por vezes, investir mais dá retorno maior. O problema é que muita gente critica ou defende conforme o gosto ou não pela festa. O poder público não existe para dar vazão a gostos pessoais
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