Relatório de Perri prova o caos na Saúde de Cuiabá, diz vereador

O vereador Dilemário Alencar (Podemos) afirmou que o voto do desembargador Orlando Perri, sobre a intervenção na saúde pública de Cuiabá, dá provas do caos instaurado na Capital por conta da má gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

Durante a votação do órgão especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, para decidir pelo retorno ou não da intervenção, Perri disse que decidiu pela medida diante da “situação desastrosa” da Saúde de Cuiabá.

Para o desembargador, o Município viola a Constituição ao não garantir a universialização da Saúde, diante da falta de médicos, medicamentos e exames.

Dilemário afirmou que o texto do desembargador só reforça o que ele vem acompanhando durante suas fiscalizações nas unidades. Conforme o parlamentar, por conta da escassez de medicamentos e outros insumos, as pessoas correm até risco de morte.

"Eu quero me pegar aqui pelo relatório lido pelo desembargador Orlando Perri, onde ele defendeu com veemência a volta da intervenção. No relatório está cheio de fartas provas e testemunhos, onde relata a realidade do caos nas unidades de saúde", disse o vereador ao MidiaNews.

No relatório está cheio de fartas provas e testemunhos, onde relata a realidade do caos nas unidades de saúde

"O relato do desembargador bate com as fiscalizções que temos feito nas UPas e policlínicas, onde estão faltando tudo. Caos eminente. As pessoas estão correndo risco de morte nessas unidades de saúde por falta de uma gestão eficiente por parte do prefeito Emanuel Pinheiro", emendou.

O vereador, que defende a volta da intervenção em Cuiabá, disse, ainda, estar confiante que os desembargadores irão retomar para o estado o controle da Pasta.

Até o momento, cinco desembargadores votaram a favor da retomada da intervenção. Os magistrados Paulo da Cunha, Rui Ramos, Carlos Alberto Alves da Rocha e Maria Erotides Kneip acompanharam o voto do relator, Orlando Perri, pela intervenção.

O julgamento, no entanto, foi adiado após pedido de vista compartilhado feito pelos desembargadores Rubens de Oliveira Santos Filho e Juvenal Pereira.

"Vamos ficar torcendo agora para que na próxima sessão os desembargadores possam votar por unanimidade na volta da intervenção na secretaria de Saúde por uma questão de justiça e humanidade, porque se continuar a saúde nas maõs do prefeito, os escândalos de corrupção continuarão e as pessoas perecendo nas unidades de saúde", concluiu.

Leia mais sobre o assunto:

Cinco desembargadores votam pela intervenção; decisão é adiada