Sem trio mais votado, vereador mira votos “órfãos” do PL

O vereador Rafael Ranalli (PL) afirmou que se vê como "destino natural" de cerca de 250 mil votos que ficarão órfãos do PL para a Câmara Federal sem a concorrência dos três mais votados pela sigla na última eleição.

Por isso que eu cogito muito a minha candidatura, porque esses votos são meus, naturalmente

Isso porque Abilio Brunini (PL) agora é prefeito de Cuiabá e o deputado federal José Medeiros (PL) deverá se candidatar ao Senado, portanto não disputarão a reeleição. Já a ex-deputada Amália Barros faleceu em 2024.

“Você tem a votação da Amália, do Medeiros e do Abílio, os três mais votados do PL na última eleição. Então, são 250 mil votos órfãos. Por isso que eu cogito muito a minha candidatura, porque esses votos são meus, naturalmente”, disse em entrevista ao MidiaNews.

Em 2022 Abilio teve 87.072 votos, Medeiros 82.182 e Amália 70.294, somando no total 239,5 mil votos. 

“O partido já falou, se eu quiser tem uma vaguinha ali pro guarda, até porque eu já vim em 2018 desconhecido e fiz 33 mil votos. Eu acho que a eleição do ano que vem vai ser um pouco mais difícil, mas acredito ainda que o PL possa fazer de 3 a 4 [eleitos]”, completou.

A única eleita que deve disputar a reeleição é Coronel Fernanda. Segundo Ranalli, que mira uma vaga no parlamento nacional, esses votos devem continuar no PL, que tem o perfil desse eleitor.

Entretanto, os deputados que eram suplentes e assumiram com a saída de Amália e Abílio, Nelson Barbudo e Rodrigo da Zaeli, devem disputar a reeleição e abocanhar boa fatia desses votos. Outro nome forte é o do pecuarista Thiago Boava, viúvo de Amália, que deve ser candidato e herdar os votos da esposa.

Ranalli disse acreditar que o PL novamente será o partido com mais eleitos e que está montando uma chapa forte para isso.

“Esses votos estão aí, mas o PL é o apanhador natural desses votos. O que a gente precisa ver é qual time vai montar. Tem duas vereadoras do interior, tem o próprio Thiago, viúvo da Amália, a questão do Coronel Assis, que cogitou sua vinda. Ou seja, a maioria das vagas, de três a quatro vagas, vai ficar no PL”, encerrou.

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