O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, informou que o Governo recebeu denúncias, no início de 2015, de um suposto esquema de desvio de dinheiro no Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat).
Na última segunda-feira (2), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) deflagrou a Operação Seven, que investiga um suposto desvio de R$ 7 milhões, com a simulação de compra, por parte do Estado, de uma área rural, na região do Manso, que já havia sido adquirida pelo próprio Estado anteriormente.
Segundo o secretário, a denúncia partiu de servidores de carreira do Estado.
“Quando nós assumimos o Governo, ouvimos de servidores de carreira que, lá no Intermat, na gestão passada, ocorriam muitas irregularidades. Isso nós ouvimos. Tanto que, quando ouvimos, nós solicitamos a esses servidores que formalizassem a denúncia e a encaminhassem às autoridades que investigam”, disse Paulo Taques.
Além disso, o órgão foi alvo de uma das diversas auditorias realizadas pela Controladoria Geral do Estado (CGE), em 2015.
Nas investigações internas, a CGE encontrou evidências de irregularidades no pagamento pela desapropriação do imóvel rural, denominado Fazenda Cuiabá da Larga, para ampliação do perímetro do Parque Estadual Águas do Cuiabá.
O relatório final subsidiou as investigações que culminaram na operação do Gaeco.
De acordo com Paulo Taques, todas as pastas e autarquias do Estado continuam passando por constantes auditorias, de modo a evitar novos focos de corrupção.
“Todos os órgãos da administração estão merecendo investigação. Mas não é investigação tão-somente do ponto de vista criminal; nas auditorias do nosso Governo, os trabalhos são firmes das corregedorias dos órgãos. E isso ocorre indistintamente, em praticamente todos os órgãos. As auditorias têm ocorrido desde o início do Governo”, afirmou.
Entenda o caso
A área localizada na região de Manso, em Chapada dos Guimarães, que está sob investigação do Gaeco, por meio da Operação Seven, pertencia ao médico e ex-secretário de Estado de Saúde, Filinto Corrêa da Costa, de 73 anos.
O suposto esquema teria desviado R$ 7 milhões dos cofres públicos estaduais, no final de 2014, por meio do Intermat.
Segundo o Gaeco, os envolvidos providenciaram a simulação de compra, por parte do Estado, de uma área com extensão de 724,9 hectares, já havia sido adquirida pelo próprio Estado anteriormente.
O ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto, e o ex-secretário adjunto da antiga Secretaria de Estado de Administração, coronel José de Jesus Nunes Cordeiro, foram presos.
O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf também foram alvos da operação.
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2 Comentário(s).
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Legião Urbana 03.02.16 13h32 | ||||
Parabéns a Controladoria Geral do Estado, tem demonstrado que no quadro atuam servidores de muita competência e coragem, fazendo valer o salário que tem direito ao final do mês. | ||||
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+ Marcelo F 03.02.16 13h20 | ||||
Pq denunciaram somente agora?... Creio que todo funcionário público, seja ele de que orgão e que poder for, tem que ser o primeiro a botar a boca no trombone... sob pena de cumplicidade. | ||||
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