Cuiabá, Terça-Feira, 1 de Julho de 2025
OPERAÇÃO NO INTERMAT
03.02.2016 | 08h50 Tamanho do texto A- A+

Servidores denunciaram irregularidade na venda de área no Manso

Secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques diz que Governo já tinha conhecimento das denúncias

Marcus Mesquita/MidiaNews

Chefe da Casa Civil, Paulo Taques diz que auditorias continuam em vários órgãos do Governo de MT

Chefe da Casa Civil, Paulo Taques diz que auditorias continuam em vários órgãos do Governo de MT

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, informou que o Governo recebeu denúncias, no início de 2015, de um suposto esquema de desvio de dinheiro no Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat).

 

Na última segunda-feira (2), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) deflagrou a Operação Seven, que investiga um suposto desvio de R$ 7 milhões, com a simulação de compra, por parte do Estado, de uma área rural, na região do Manso, que já havia sido adquirida pelo próprio Estado anteriormente.

 

Segundo o secretário, a denúncia partiu de servidores de carreira do Estado.

 

“Quando nós assumimos o Governo, ouvimos de servidores de carreira que, lá no Intermat, na gestão passada, ocorriam muitas irregularidades. Isso nós ouvimos. Tanto que, quando ouvimos, nós solicitamos a esses servidores que formalizassem a denúncia e a encaminhassem às autoridades que investigam”, disse Paulo Taques.

 

Além disso, o órgão foi alvo de uma das diversas auditorias realizadas pela Controladoria Geral do Estado (CGE), em 2015.

 

Nas investigações internas, a CGE encontrou evidências de irregularidades no pagamento pela desapropriação do imóvel rural, denominado Fazenda Cuiabá da Larga, para ampliação do perímetro do Parque Estadual Águas do Cuiabá.

 

O relatório final subsidiou as investigações que culminaram na operação do Gaeco.

 

De acordo com Paulo Taques, todas as pastas e autarquias do Estado continuam passando por constantes auditorias, de modo a evitar novos focos de corrupção.

 

“Todos os órgãos da administração estão merecendo investigação. Mas não é investigação tão-somente do ponto de vista criminal;  nas auditorias do nosso Governo, os trabalhos são firmes das corregedorias dos órgãos. E isso ocorre indistintamente, em praticamente todos os órgãos. As auditorias têm ocorrido desde o início do Governo”, afirmou.

 

Entenda o caso

 

A área localizada na região de Manso, em Chapada dos Guimarães, que está sob investigação do Gaeco, por meio da Operação Seven, pertencia ao médico e ex-secretário de Estado de Saúde, Filinto Corrêa da Costa, de 73 anos.

 

O suposto esquema teria desviado R$ 7 milhões dos cofres públicos estaduais, no final de 2014, por meio do Intermat.

 

Segundo o Gaeco, os envolvidos providenciaram a simulação de compra, por parte do Estado, de uma área com extensão de 724,9 hectares, já havia sido adquirida pelo próprio Estado anteriormente.

 

O ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto, e o ex-secretário adjunto da antiga Secretaria de Estado de Administração, coronel José de Jesus Nunes Cordeiro, foram presos.

 

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf também foram alvos da operação.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

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2 Comentário(s).

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Legião Urbana  03.02.16 13h32
Parabéns a Controladoria Geral do Estado, tem demonstrado que no quadro atuam servidores de muita competência e coragem, fazendo valer o salário que tem direito ao final do mês.
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+ Marcelo F  03.02.16 13h20
Pq denunciaram somente agora?... Creio que todo funcionário público, seja ele de que orgão e que poder for, tem que ser o primeiro a botar a boca no trombone... sob pena de cumplicidade.
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