O governador Pedro Taques (PSDB) negou qualquer tipo de desgaste ao seu Governo por conta da prisão de seu primo e ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, ocorrida na última sexta-feira (4).
A prisão foi determinada pelo desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em razão de suposto envolvimento no esquema de "grampos" operado em Mato Grosso.
Em sua passagem na Caravana da Transformação, na manhã deste sábado (5), o governador disse que, mesmo com a prisão, não se pode condenar antecipadamente o ex-secretário.
“Não prejudica o Governo. Em absoluto. Quem é preso não é condenado, não é nem denunciado ainda. Isso vai ser investigado. A lei serve para todos. O Poder Judiciário é independente. Não podemos fazer absolutamente nada e nem se pudesse eu faria. Cabe ao Poder Judiciário cumprir seu papel”, disse Taques.
Em meio à série de perguntas de jornalistas sobre o episódio, o governador afirmou que deverá falar mais sobre o assunto somente na próxima segunda-feira (7), quando deverá dar uma coletiva de imprensa.
“Ainda vou falar mais sobre isso. Mas quero dizer o seguinte: não permitiremos arbitrariedades e ilegalidades. Não permitiremos isso”, disse Taques, sem dar mais detalhes se a fala teria relação com a atitude do desembargador em mandar prender o ex-secretário.
Por ora, o governador disse que sequer leu a decisão que resultou na prisão de Paulo Taques.
Afirmou também que não pesa contra o ex-chefe da Casa Civil qualquer acusação por corrupção.
“Vou falar mais detalhadamente sobre isso depois que eu ler a decisão. O ex-secretário foi preso preventivamente, será investigado, e não é por roubo, como outros que foram presos”, concluiu o governador.
Prisão de ex- secretário
A prisão preventiva decretada contra Paulo Taques foi motivada pela acusação de que ele teria mandado "grampear" sua ex-amante, a publicitária Tatiana Sangalli, e sua ex-assessora Carolina Mariane.
Outro argumento foi o risco dele destruir provas e documentos importantes para a investigação, uma vez que ainda teria forte influência no Governo.
O decreto prisional foi cumprido na tarde da última sexta-feira (4), por ordem do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A prisão foi assinada na quinta-feira (3).
Paulo Taques é suspeito de ter integrado esquema que operou escutas clandestinas ilegais no Estado, juntamente com um grupo de policiais militares.
Os "grampos" ocorriam por meio da tática "barriga de aluguel", quando números de pessoas não investigadas são inseridos indevidamente em um pedido de quebra de sigilo telefônico.
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