O vereador Wilson Kero Kero (Podemos) negou haver um "acórdão" na Comissão de Ética da Câmara para "livrar" a vereadora Edna Sampaio (PT) na investigação por quebra de decoro parlamentar. A acusação foi feita por Dilemário Alencar (Podemos) na semana passada.
A petista foi denunciada por receber de forma irregular R$ 20 mil de Verba Indenizatória (V.I.) em transferências feitas no ano passado por sua então chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira. Ela apresentou a defesa final na última quinta-feira (10) e os membros da comissão têm até o dia 28 de agosto para emitir um parecer.
À imprensa, Kero Kero chegou a dizer que uma das penas contra Edna poderia ser uma suspensão por trinta dias. Ao saber da possibilidade, Dilemário acusou a comissão de articular um "acordão" com o PT para salvar o mandato da vereadora.
Ao MidiaNews, Kero Kero classificou a acusação como desrespeitosa e disse que Dilemário está tentando tirar proveito da polêmica.
“Não sei de onde saiu isso [possibilidade de o PT influenciar]. A comissão é técnica e vai apontar [as evidências] tecnicamente, não tem como fugir da legalidade. Falar que a comissão tem um ‘acórdão’ é pura especulação. Não existe”, disse.
“Dilemário tem que respeitar o trabalho que está sendo feito com muita seriedade. A fala dele foi muito infeliz. Ninguém está ali brincando”, acrescentou.
O vereador disse que, assim que acabar o julgamento sobre a petista, rebaterá em sessão da Câmara as acusações de Dilemário.
“Não sei se o Dilemário está querendo tirar certo proveito. Ele forçou muito. Usar pressão nunca funcionou comigo", afirmou.
“Quando terminarmos de entregar esse relatório, vou fazer uma fala específica em relação ao Dilemário. Ele não pode colocar palavra na boca de ninguém e nominar voto”, completou.
Rachadinha
Edna Sampaio é investigada pela Comissão de Ética por supostamente ter se apropriado da Verba Indenizatória (V.I.) e a usado indevidamente em 2022.
A VI é uma verba destinada a custear os gastos que o vereador teve com o mandato.
A acusação aponta que essa verba devia ser administrada exclusivamente por Laura Natasha de Oliveira, que na época era a chefe de gabinete.
Em oitiva na Câmara, Laura confirmou que passava mensalmente a VI para uma conta pessoal de Edna. Segundo ela, o marido da vereadora, William Sampaio, era quem solicitava a transferência.
Edna se defende dizendo que a legislação não proíbe os vereadores de passarem a verba para uma conta pessoal e a administrarem por conta própria.
A Comissão de Ética divulgará o parecer sobre o caso no dia 28 deste mês.
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