LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O prefeito eleito de Várzea Grande, Wallace Guimarães (PMDB), rejeitou a possibilidade de que tenha havido fraude nas eleições do município. Na sexta-feira (9), a candidata derrotada Lucimar Campos (DEM) entrou com representação na Justiça Eleitoral e no Ministério Público Eleitoral solicitando a anulação do pleito e a suspensão da diplomação dos eleitos. Leia mais
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Para o peemedebista, Lucimar e família Campos "não sabem perder"; por isso tentam questionar o resiltado da eleição.
O senador Jaime Campos (DEM) concedeu entrevistas, recentemente, afirmando que houve compra de votos. E o deputado Júlio Campos (DEM) chegou a fazer acusações, em discurso na na tribuna da Câmara Federal.
“O adversário, não entendendo a derrota, tenta macular uma eleição bonita e disputada, em que os três candidatos terminaramquase empatados. Eles ficam tentando denegrir essa eleição extremamente democrática, transparente e respeitosa que ocorreu em Várzea Grande”, afirmou Wallace, em entrevista ao
MidiaNews.
“O presidente do TRE, desembargador Rui Ramos, já disse claramente que não houve fraude. Houve falsificação de determinados documentos que não têm nada a ver com a eleição. Aqueles documentos não foram usados para votar. Eu tenho certeza que não houve fraude. Mas, se houve, é uma pena. Eu imaginava que ganharia por 10 mil a 15 mil votos de frente, e acabei ganhando só por 3 mil”, completou o prefeito, em tom de ironia.
No mês passado, dois lotes com vários documentos, num total de 27 títulos de eleitor e 92 RGs falsificados, foram encontrados às margens de um córrego, na Capela do Piçarrão, na zona rural do município. A Polícia Federal, sob o comando do delegado Cristiano Nascimento, investiga o caso.
Saber perder“Essa acusação é mágoa de pessoas que estavam acostumadas a ganhar e, de repente, perderam. Quando perdi a eleição de prefeito para o Jaime Campos (DEM) por 500 votos, em 2004, me perguntaram se eu não ia fazer nada a respeito. Eu disse que não faria, porque não tive competência para ganhar. É preciso respeitar a decisão do povo”, afirmou Walace Guimarães.
O prefeito eleito lembrou, ainda, que essa é a segunda derrota consecutiva sofrida pela família Campos, na disputa pelo poder em Várzea Grande. Em 2008, Júlio Campos perdeu a disputa pela prefeitura para Murilo Domingos (PR).
“Eles têm que aprender a ganhar e a perder. Eles ganharam a vida toda e ninguém contestou a vitória deles. Agora, já perderam duas vezes seguidas: primeiro para o Murilo, e agora, para mim”, disse.
“Somos transitórios. Eu estou hoje na política e amanhã posso voltar para a minha profissão de médico. E voltarei com muito amor, porque a política, para mim, não é um meio de vida; é um momento passageiro em que estou dando minha parcela de contribuição à sociedade. E, assim como tive a hora de entrar, com certeza, terei a hora de sair. Seja por vontade própria ou da população. Quando a população disser ‘não’ para você, é hora de buscar o caminho de casa”, completou o prefeito eleito da Cidade Industrial.
