ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO
O pré-candidato à Prefeitura de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB) selou uma aliança com o Partido da República, cujo principal líder no Estado é o senador Blairo Maggi. A legenda já indicou o vereador Wilton Coelho, o Wiltinho, à candidatura de vice-prefeito.
Além do PR, o PSC e PHS também farão parte do arco. Há diálogos com o PT, mas segundo Walace, que é médico e deputado estadual, a composição ainda não foi confirmada. “Nós fechamos com o PR, isso já está definido. Faremos mais reuniões para definir o vice, mas há grandes chances de ser o Wiltinho mesmo”, disse ele.
O ex-prefeito de Várzea Grande Murilo Domingos (PR) deixou uma rejeição muito alta entre os eleitores, já que sua administração foi recheada de escândalos financeiros e administrativos. Ano passado ele acabou perdendo o mandato por improbidade administrativa. Sobre a possibilidade de acabar vinculando sua imagem ao do republicano, devido à aliança, Walace se mostra otimista.
“Não haverá essa vinculação porque, na verdade, o partido é uma instituição e o Murilo é apenas um membro. O ex-prefeito não é o PR. Tenho apoio do deputado federal Wellington Fagundes e assim que o senador [Blairo] estiver melhor também nos apoiará”, ressaltou ele.
A aliança entre PMDB e PR é uma das mais fortes, já que os dois partidos têm nomes de peso em suas fileiras. No caso do PMDB, o governador Silval Barbosa, que subirá no palanque com Walace.
O prefeito Tião da Zaeli (PSD), que também disputará a reeleição, já declarou algumas vezes que poderia abrir mão da candidatura para apoiar o deputado. Contudo, nos bastidores, a proposta teria sido encarada como uma “pedra no sapato” por Walace, já que Tião carrega mais de 70% de rejeição devido à má gestão que fez ao lado de Murilo.
Walace, no entanto, restringiu-se a dizer que jamais foi procurado institucionalmente pelo prefeito, mas confessa que já ouviu rumores da tentativa de aproximação. “Nós nunca falamos sobre isso, mas ouvi essa conversa. Não sei se ele vai disputar, mas essa é a hora de decidir. Ou vai, ou não vai. Mas isso é uma decisão muito íntima”, limitou-se a dizer.