O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, José Zuquim Nogueira, disse que houve uma “frustração” de expectativa com o adiamento da votação, na Assembleia Legislativa, do projeto de lei que trata do reajuste de 6,8% dos servidores do Judiciário.

Zuquim e os desembargadores Orlando Perri, Carlos Alberto Alves da Rocha e Nilza Maria Possas de Carvalho compareceram na sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia, nesta quarta-feira (5), para pressionar pela aprovação.
O relator do projeto na CCJ, deputado Eduardo Botelho (União) deu parecer pela aprovação, mas a votação foi adiada por um pedido de vista do deputado Eugênio de Paiva (PSB). À imprensa, Zuquim disse que espera que na semana que vem já haja a aprovação do texto.
“O regimento prevê e temos que ceder a esse regimento [da Assembleia Legislativa]. Faz parte das regras! Pode ter uma frustração, mas faz parte”, disse o magistrado.
Questionado se acredita na aprovação do texto, Zuquim resumiu: “É o que esperamos”.
Com o pedido de vista na comissão, o projeto deve ser analisado somente na próxima terça-feira (11) e segue para a segunda votação no plenário da Assembleia Legislativa no dia seguinte. Se aprovado, segue para sanção do governador Mauro Mendes (União) – que pode ou não vetar.
“Não medirei esforços”
A CCJ foi acompanhada por dezenas de servidores do TJ-MT, que vaiaram o pedido de vista de Eugênio de Paiva. Ao final, Zuquim pediu paciência ao funcionalismo e disse que fará o possível para que haja a aprovação do projeto na próxima sessão.
“Eu peço a vocês, servidores, meus amigos de trabalho, tivessem um pouquinho de paciência e aguardemos até a próxima quarta-feira, em que eu não medirei esforços para que realmente isso seja leva a corpo na próxima sessão”, disse.
O projeto tem enfrentado resistência especialmente pelo Executivo por um temor de um “efeito cascata”. O Palácio Paiaguás argumenta que a medida poderia motivar servidores do Executivo a também reivindicarem reajustes e isso levar a um impacto de R$ 1,6 bilhão na folha.
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