Neste sábado (20) acontece na Tailândia a 19ª edição do concurso de beleza Miss International Queen (MIQ), que é exclusivo para mulheres transgênero.
Ao final da cerimônia, de formato similar aos tradicionais certames de miss, será coroada a sucessora da peruana Catalina Marsano, 29, vencedora da edição de 2024.
Um grupo de 24 misses disputa a coroa e também o posto de embaixadora da "Royal Charity AIDS Foundation of Thailand", fundação tailandesa em prol do combate à AIDS, que recebe anualmente a doação dos lucros do evento.
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Segundo a organização, a missão da competição é conscientizar e promover a igualdade entre homens e mulheres LGBTQIA+ e transgêneros, em todos os sentidos. A disputa sempre é realizada na cidade tailandesa de Pattaya, conhecida por suas belas praias.
A modelo, atriz e apresentadora paraense Isabella Pamplona, 32, é quem defende o Brasil.
Ela foi eleita em janeiro deste ano como a Miss Beleza T Brasil 2025, título que garante a vaga no mundial. Antes dela, sua conterrânea Isabella Santorinne ocupou o trono nacional em 2023.
Isabella já está na Tailândia há uma semana, onde participa das etapas preliminares, valendo pontos classificatórios, e outros compromissos de agenda do concurso.
Similar os tradicionais concursos para misses cisgênero, no Miss International Queen as misses desfilam em traje de gala, traje típico e as finalistas respondem a perguntas do júri no palco.
A final será exibida no sábado (20) ao vivo em TV local e pelo canal do concurso no YouTube, para todo o mundo.
MAIOR CONCURSO TRANS
Uma das competições nichadas mais conhecidas do universo dos concursos de beleza, o Miss International Queen surgiu em 2004 na Tailândia, país famoso por sua tolerância e aceitação a pessoas transgênero.
A cultura trans é tão presente na sociedade tailandesa que a cirurgia de redesignação sexual é uma das especialidades da medicina do país, o que atrai pacientes do mundo todo.
A única brasileira que reinou no trono mundial foi a paulista Marcela Ohio em 2013. Além disso, o Brasil bateu quatro vezes na trave na luta pela coroa: ficou em segundo lugar com a pernambucana Aleika Barros (2007), com a carioca Jéssika Simões (2012), com a mineira Valeska Dominik (2015) e, mais recente, com a cearense Lavine Holanda (2017).
Em 2024, a paulista Jessy Lira, que defende o Brasil na disputa, entrou no grupo de 12 semifinalistas (Top 12).
Com 20 anos de existência, o evento é considerado o maior concurso de beleza para mulheres transgênero no mundo.
Apesar de sua periodicidade anual, ele não foi realizado em três ocasiões, por motivos distintos: em 2021, devido à restrições impostas pela pandemia de Covid-19; em 2017, em respeito à morte do rei tailandês Bhumibol Adulyadej; e, em 2008, por conta de conflitos políticos armados no país asiático.
Uma curiosidade é que, em 2010, quem defendeu o Brasil foi a estilista Michelly X, responsável por desenhar e produzir figurinos para famosos como Xuxa, Anitta, Ivete Sangalo, Pabllo Vittar e Gloria Groove.
Em 2020, ela também assinou o traje típico da gaúcha Julia Gama no Miss Universo daquele ano, quando a representante brasileira ficou em segundo lugar, perdendo apenas para a mexicana Andrea Meza.
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