O delegado Bráulio Junqueira, da divisão de Homicídios de Sinop, afirmou que um possível suicídio é a principal linha de investigação da morte da estudante de pedagogia Pamela Gracielly da Silva Albuquerque, após o encontro das ossadas dela.

A jovem de 31 anos desapareceu no dia 25 de abril de 2023, em Sinop, e até a última terça-feira (18) o paradeiro era um completo mistério. À época, a Polícia realizou buscas com o apoio de cães farejadores, helicóptero e até reforço no quadro de investigadores do caso. O rastro da estudante simplesmente havia desaparecido.
Dois anos e sete meses depois, uma pessoa que fazia caminhada por uma região de mata da cidade deu de cara com uma ossada humana.
Os restos mortais não estavam a mais de 30 metros de onde a motocicleta de Pamela havia sido encontrada à época do seu desaparecimento e por onde as forças de segurança e a própria família, realizaram buscas.
Segundo o delegado, ao lado dos ossos estavam um arma e documentos da estudante.
“A gente não descarta a possibilidade de um homicídio, mas a principal linha agora é o suicídio. A perícia nos ajudará neste momento, já temos a certeza de que foi um tiro na têmpora. A arma estava ali, os documentos dela estavam ali, o celular dela estava ali… Então, a gente tem que trabalhar primeiro com a hipótese do suicídio”, explicou.
Junqueira disse que a região em que Pamela foi encontrada é cheia de lixo e animais mortos em volta, o que pode ter ofuscado o odor do corpo em decomposição.
“O mais razoável é ela ter morrido ali e ali ficado. O corpo estava a poucos metros de onde a moto foi encontrada, coisa de 20 ou 30 metros, no máximo, para dentro da mata. A gente sabe que o corpo se decompôs ali, está naquele lugar já faz muito tempo. A gente tem que trabalhar com as circunstâncias e elas nos levam a crer nisso [em um suicídio]”.
Em perícia
A ossada foi recolhida para realizar o confronto genético e comprovar se os restos mortais são mesmo da estudante. Segundo o delegado, a arma de fogo também foi encaminhada para perícia.
“Tem que fazer perícia na arma, abrir essa arma, ela estava bem enferrujada, ver quantos projéteis existem, se tinha alguma deflagrada. Eu conversei com o médico legista e ele falou que foi encontrada uma perfuração no crânio dela, salvo engano, da direita para a esquerda”, explicou Junqueira.
À época do desaparecimento, as buscas duraram meses e o rastro de Pamela desaparecia próximo a um milharal, em uma região de mata.
“Foram inúmeras buscas, com helicóptero, com cão farejador e, infelizmente, naquele momento não a localizamos. A família fez algumas incursões na mata também, foi feito um mutirão, várias pessoas ajudaram a procurar. Só que mato é mato, não é assim tão fácil por dentro, sem perceber, pode ter ficado escondido. Não localizamos o corpo naquele momento e temos que trabalhar com evidências, não podemos ficar divagando”, completou.
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