A mãe da advogada Viviane de Souza Fidelis, de 30 anos, encontrada morta em seu apartamento na madrugada de quinta-feira (18), no Residencial Acácia, no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, pediu que o caso seja investigado a fundo antes de a Polícia concluir que se trata de um suicídio.
O caso foi registrado pela Polícia Civil como suicídio e, segundo a Politec, a morte ocorreu por asfixia por enforcamento. Nos boletins de ocorrência, o namorado não é citado.
Sheyla Regina Barros de Souza, de 52 anos, mãe da advogada disse que a filha namorava um arquiteto e que, durante seis meses de relacionamento, ele apresentou comportamento possessivo e crises de ciúmes.
Além disso, segundo ela, há versões desencontradas sobre como a filha morreu e quem a encontrou primeiro.
“Eu sei o que as pessoas me falam, algumas de dentro da delegacia também [sobre a forma como ela foi achada morta]. Então, a gente não tem certeza. Há relato de que ele [namorado] a encontrou e retirou o corpo do local no momento de desespero, acabou pegando o corpo, abraçando e colocando estendido no chão”, disse ela ao MidiaNews.
Uma das versões, segundo Sheyla, teria partido do pai do arquiteto e diz que ele sequer teria subido ao apartamento. Sheyla contou que estava muito abalada com a notícia quando conversou com o delegado responsável pelo caso.
“Eu estava nervosa, lembro que ele me falou que quem encontrou ela foi a vizinha e só depois o rapaz [namorado] entrou. E aí não me lembro mais. Um assessor do delegado me falou que ele retirou o corpo. Eu não me lembro se o delegado falou isso também, mas o assessor, lembro muito bem que quando liguei para marcar o horário para falar com ele, me falou que a única coisa que tinha contra ele [namorado] era que tinha retirado o corpo do local do ocorrido”, contou.
Divulgação
Mensagens trocadas entre Viviane e uma amiga no dia 17 de agosto
“Por conta de tantas versões, de tantos relatos, começamos a desconfiar. E agora, mais ainda, quando uma amiga mandou print de conversa com a minha filha reclamando do cara, falando que tinha se assustado, que a empurrou, que deu crise de ciúmes de novo”.
Relação conturbada e suposto término
Sheyla contou que soube pela filha de ao menos três episódios em que o namorado apresentou comportamento de “ciúme exacerbado”. No primeiro relato de “cena de ciúme”, Sheyla disse ter orientado a filha a terminar o relacionamento, mas que ela estava encantada.
“Muito abusivo, pedia para excluir todo mundo do Instagram, todos os homens. Mas pelo que ela me contava, estava deslumbrada. Ela dizia que ele era uma boa pessoa”, relatou.
Após a morte da filha, Sheyla disse que chegou a falar com o arquiteto. Ele alegou que o casal estava separado havia duas semanas.
“Ele me disse que tinha terminado com ela e que ela não aceitou o término do relacionamento e mandou mensagem para ele dizendo que ia se matar, que era o fim do mundo”.
A versão não convenceu a mãe, ainda mais depois de receberem de uma amiga a informação de que, no sábado passado, os dois estavam em um evento e a advogada o apresentou como namorado.
Imagens de câmeras de segurança do prédio de Viviane mostraram que, na tarde de terça-feira (16), o arquiteto esteve no local. Os dois conversaram em frente ao edifício, e ele entregou a ela duas sacolas de presentes.
Caçula de três irmãos, Viviane foi descrita como uma filha exemplar, “estudiosa, meiga e muito trabalhadora”, alguém querida por todos que a conheciam.
“Ela era trabalhadora, estudiosa, uma ótima advogada, conseguiu fazer todas as especializações, entrar em um bom serviço. Que sejam descartadas toda e qualquer hipótese que possa haver com relação a esse caso”, disse a mãe.
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