Médicos reduzem sedação e estudante de Direito acorda agitada

Os médicos que acompanham a estudante de Direito Hya Girotto Santos, vítima de um atropelamento na Avenida Isaac Póvoas em Cuiabá, começaram a diminuir seus sedativos para iniciar o processo de despertá-la do coma.

A informação foi confirmada pelo irmão da jovem, Leandro Girotto, pelas redes sociais. Segundo ele, a estudante chegou a ficar acordada por um breve período ontem, mas como ficou muito agitada, precisou ser sedada novamente.

“A Hya passou por duas tomografias, sendo uma na região do tórax e outra na região do abdômen. Os resultados ainda não saíram. Os médicos irão diminuir a sedação dela aos poucos, pois ela acordou bem agitada. Ela ainda continua entubada, mas aos poucos está melhorando. Vamos ter fé e continuar em orações”, escreve Leandro no Instagram.

Hya – que foi atropelada no domingo (23) pela bióloga Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, de 33 anos - está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral Universitário (HGU).

Além dela, foram atropelados a universitária Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos - que morreu no local -, e Ramon Alcides Viveiros, de 25, filho do procurador de Justiça Mauro Viveiros, do Ministério Público Estadual (MPE). Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu na última sexta-feira (28). 

Os médicos aguardam a melhora de Hya para submetê-la à cirurgia vascular cardíaca.

Ela precisa passar pelo procedimento pois teve uma obstrução na aorta, principal veia do corpo humano, o que a sujeita a risco de morte ou de ter o braço amputado. 

O acidente

O trio foi atropelado pela bióloga Rafaela Ribeiro, que conduzia um Renault Duster Oroch. Segundo a Polícia Civil, ela seguia pela faixa de rolamento da esquerda quando, nas proximidades da Boate Valley Pub, atropelou os pedestres. 

Com sinais de embriaguez, a mulher foi detida pela PM e se negou a fazer o exame de “bafômetro”.

Diante disso, uma equipe da Polícia Civil elaborou ainda no local um “auto de constatação de embriaguez”, que aponta sinais aparentes de ingestão de álcool. 

Ela foi conduzida para a Central de Flagrantes para a tomada de medidas criminais e administrativas. Após ficar detida por um dia, a bióloga passou por audiência de custódia e foi liberada mediante pagamento de fiança de R$ 9,5 mil.

Pessoas que estavam no local e viram o acidente ainda devem ser ouvidas pela Polícia.