O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o autônomo Carlos Alberto Oliveira Júnior, de 30 anos, por ter participado do homicídio do policial militar Élcio Ramos Leite, de 27 anos, assassinado no bairro CPA III, em Cuiabá.
A denúncia foi assinada pelo promotor de justiça Jaime Romaqueli e encaminhada para a 12ª Vara Criminal de Cuiabá, na última quarta-feira (17). Segundo o promotor, os crimes ocorreram por "motivo torpe"
Carlos Júnior também é acusado pelo MPE por tentativa de homicídio contra o parceiro de Élcio, o policial Wanderson José Saraiva, e por posse de arma de uso permitido.
O caso aconteceu no dia 2 de agosto, ocasião em que os policiais - atuantes no Setor de Inteligência do Comando Regional de Cuiabá - estavam em investigação contra a venda de armas ilegais pela internet.
Os PMs foram até a casa dos irmãos André Luiz Alves e Carlos Alberto para efetuar buscas. Porém, de acordo com a denúncia, Carlos Alberto teria se negado a acatar as ordens dos policiais para que se entregassem. Em seguida, o suspeito partiu para uma luta corporal com os policiais e tentou sacar uma arma da cintura com intenção de atirar nos PMs.
Carlos Alberto não conseguiu pegar a arma, mas, conforme a acusaçao do MPE, ajudou seu irmão André Alves a conseguir atirar na cabeça do PM Elcio Ramos. André Alves morreu na mesma data, supostamente executado pelo Bope.
“Embora Carlos Alberto não tenha conseguido desferir os tiros contra os agentes policiais, concorreu diariamente para que o homicídio contra a vítima Elcio Ramos Leite fosse realizado, pois manteve imobilizado por alguns segundos o policial Saraiva, criando as condições para que André utilizasse a arma que tinha consigo e matasse o policial Elcio. André só conseguiu atingir o policial Elcio mortalmente porque o seu companheiro Saraiva estava imobilizado pelo denunciado Carlos Alberto”, diz trecho da denúncia.
No entendimento do promotor, Carlos praticou uma conduta indispensável para que o crime de homicídio fosse consumado contra o policial militar.
Tentativa de homicídio
O promotor também entendeu que, embora Carlos não tenha apontado a arma para o soldado Wanderson após o crime, ele teria criado as condições necessárias para que seu irmão André tentasse contra a vida dele.
O duplo homicídio só não teria acontecido, segundo o promotor, porque o soldado Wanderson alertou que outros policiais já estavam no local, o que levou os irmãos a desistirem de atirar e fugissem.
Além disso, o irmão de André também está sendo acusado por ter ficado com a posse da arma utilizada pelo irmão ao assassinar o policial militar, na tentativa de tentar matar também o soldado Saraiva.
"O crime foi cometido por motivo torpe, porque praticado com o fim de impedir a atividade policial que estava sendo regularmente exercida no combate à venda ilegal de armas pelo denunciado e seu irmão. Ao invés de atender à ordem de prisão e se render, o denunciado escolheu afrontar não o agente policial, mas a instituição da Polícia Militar, e atentar contra a vida de um jovem policial, que estava nada mais que cumprindo a sua missão em defesa da sociedade".
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2 Comentário(s).
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Daniel Costa 19.08.16 15h41 |
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Victor 19.08.16 15h03 |
Victor, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |