LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O presidente do Instituto Concluir, Edvaldo de Paiva, registrou um boletim de ocorrência na Diretoria da Polícia Civil, nesta quarta-feira (17), para denunciar uma suposta prática de sabotagem” na produção de apostilas destinadas ao curso de Atendente de Hotelaria e Turismo, do programa “Qualifica Mato Grosso”, oferecido pelo Governo do Estado.
A instituição, que possui sede em Cuiabá, foi habilitada pela Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), em abril do ano passado, para ser responsável pela confecção das apostilas e a realização dos cursos.
No documento, a cuja cópia o
MidiaNews teve acesso, Paiva relata que uma das apostilas destinadas à qualificação de alunos contemplados pelo programa "foi alterada sem o conhecimento e permissão de quem é de direito”.

"A alteração pode ter sido feita em um dos arquivos em mídia e pode ter sido ação de sabotagem ou falha de segurança de informação"
Segundo o boletim de ocorrência, as apostilas foram impressas na gráfica Ligraf, localizada na Avenida Beira-Rio, em Cuiabá.
Paiva declarou à Polícia que “a alteração pode ter sido feita em um dos arquivos em mídia e pode ter sido ação de sabotagem ou falha de segurança de informação”.
InvestigaçãoO boletim de ocorrência foi encaminhado à Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), da Diretoria de Inteligência da Polícia Judiciária Civil, e já foi instaurado um inquérito policial para apurar se há, de fato, indícios de sabotagem.
Segundo o coordenador de Inteligência Tecnológica, delegado Anderson Veiga, a suspeita é de que tenha ocorrido uma falha na segurança da informação, facilitando a sabotagem no material, por meio de equipamentos eletrônicos.
Entre as pessoas que deverão ser ouvidas pelo delegado nos próximos dias está o diretor do Instituto Concluir Aroldo Portela.
“Sabotagem”Ao
MidiaNews, Portela afirmou que os serviços ao Governo do Estado começaram a ser prestados em dezembro do ano passado.
Os erros foram encontrados em 40 das seis mil apostilas confeccionadas pelo instituto, dentre 80 unidades que foram destinadas a Santo Antônio do Leverger (27 km de Cuiabá), para serem usadas no curso.
Um educador do município percebeu o erro e relatou ao instituto. Porém, 18 unidades do material didático já haviam sido distribuídas a alunos do curso.
Nessas apostilas, os municípios que integram a Baixada Cuiabana (Barão de Melgaço, Santo Antônio do Leverger e Poconé), além de Cáceres, tiveram as histórias de fundação distorcidas e apresentadas de maneira a ridicularizar a imagem de cada município (leia mais
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"A sindicância continua, mas vimos que também é caso de polícia, porque o nome da instituição foi jogado na lama"
Os trechos dos textos foram retirados de uma página de sátira na internet, a Desciclopédia (leia mais
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SindicânciaPortela afirmou que, ainda na sexta-feira (12), foi instaurada uma sindicância interna na empresa para apurar de há envolvimento de empregados ou ex-funcionários no caso.
“A sindicância continua, mas vimos que também é caso de Polícia, porque o nome da instituição foi jogado na lama. Agora, as investigações vão apontar quem é que queria prejudicar o Instituto Concluir e o Governo do Estado”, afirmou.
Outro ladoA assessoria da Setas afirmou que a pasta irá acompanhar as investigações e vai cobrar celeridade na condução do caso pela Polícia Civil, para que os culpados sejam identificados e responsabilizados.
Segundo a pasta, as apostilas confeccionadas passam por revisão na Setas, no setor de qualificação, antes de serem enviadas para a gráfica para impressão.
No entanto, o material revisado e aprovado pelo Estado estava correto, sendo parte integrante das demais unidades que foram confeccionadas pelo instituto e que não apresentaram erros.
Veja a íntegra do B.O. registrados nesta quarta-feira:
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