PMDB cobra presença de Silval no palanque de Dorileo

O PMDB deve cobrar do governador Silval Barbosa (PMDB) uma participação ativa na campanha do empresário Dorileo Leal (PMDB) para a Prefeitura de Cuiabá. Essa postura contraria o que pregam líderes de outros partidos da base aliada, em especial o PR, que sugeriu que Silval se afaste da campanha onde a base aliada tiver mais de um candidato.

“Claro que o Silval vai respeitar o arco de alianças que o ajudou a se eleger. Creio que ele vai se afastar nos municípios onde a base aliada vai rachar, e participar da campanha onde houver unidade”, avaliou o líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Romoaldo Junio (PMDB).

“Em Cuiabá, porém, o cenário é outro. Trata-se de uma capital e temos candidato próprio. Tenho certeza que ele vai participar ativamente da campanha do Dorileo”, declarou o deputado ao MidiaNews.

Do outro lado, está o PR, que defende a neutralidade do governador, principalmente na Capital, onde a disputa deverá ser das mais acirradas.

“Ele foi eleito por uma coalizão e não deveria subir no palanque no Dorileo Leal (PMDB) em Cuiabá, nem de nenhum outro candidato nos municípios onde os partidos da base aliada estiverem disputando a Prefeitura”, cobrou o presidente regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes, em entrevista à Rádio Mega FM, na semana passada.

“Agora, começa o ano eleitoral, e é claro que as disputas se ampliam e isso pode trazer reflexo para a governabilidade”, completou o parlamentar, na mesma entrevista.

O PR lançou, oficialmente, o secretário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes, vereador licenciado Francisco Vuolo, como pré-candidato da sigla ao Palácio Alencastro. Outro partido da base que caminha para candidatura própria é o PT, que tem como pré-candidato o vereador Lúdio Cabral.

Reunião

Para aparar as arestas com a base e informar como pretende agir durante a campanha eleitoral, Silval Barbosa reunirá os partidos aliados para discutir o assunto. Ele tentará entrar em acordo com os líderes para que as eleições deste ano não afetem a governabilidade.

O governador, certamente, vai ter que ter muito jogo de cintura para contornar a situação e deixar satisfeitos tanto os peemedebistas quanto  os partidos que compõem a base de sustentação do governo. Segundo Fagundes, essa conversa está prevista para ocorrer até o final desta semana.