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RISCO DE RACHA
10.04.2012 | 07h56 Tamanho do texto A- A+

Após cobranças, Silval reúne base e discute campanha

Líderes partidários criticam o governador por demora em definir "regras"

Secom/MT

Governador é pressionado pela base para se definir em termos eleitorais

Governador é pressionado pela base para se definir em termos eleitorais

LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO

Após muita cobrança dos partidos aliados, o governador Silval Barbosa (PMDB) resolveu fazer uma reunião da base, na noite de segunda-feira (9), no Hotel Grand Odara, em Cuiabá, para definir diretrizes de atuação na campanha eleitoral deste ano. Antes de começar a reunião, Silval declarou que procuraria buscar o máximo de consenso nos municípios.

“Quero traçar algumas ações de campanha, porque sou muito cobrado com relação à minha participação na eleição. Tenho certeza que hoje começaremos a alinhar os parâmetros dessa questão”, disse o governador.

Ele lembrou que não será possível atingir o consenso em todos os municípios. Por isso, vai procurar respeitar a prerrogativa de cada partido lançar candidatos. “É claro que vou respeitar os critérios partidários, pois eu também sou político. Sei que todos os partidos trabalham para se estruturar. Mas tenho que alinhar a discussão com o meu partido e os aliados do governo”, declarou.

O encontro começou por volta das 19h desta segunda-feira, e reuniu três representantes de cada sigla da base de sustentação – formada pelo PMDB, PR, PP, PT, PSD e alguns nanicos.

O presidente regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes, criticou a demora para fazer essa reunião conjunta. “Se tivéssemos feito varias reuniões antes, seria melhor. Mas nunca é tarde para ser feliz”, brincou o parlamentar.

“O governador Silval teve o apoio de vários partidos para se eleger, então eu defendo que ele atue com certa independência nos municípios onde haverá divergência. Inclusive no segundo turno em Cuiabá, se a disputa for entre dois partidos da base”, opinou o republicano.

Racha

Fagundes lembrou que, por se tratar de um pleito municipal, as eleições deste ano são muito mais acirradas, e a disputa pode atrapalhar a governabilidade. “Esse pleito representa a base e a solidez dos partidos, e por ser mais acirrado, pode trazer ranhuras”, declarou Fagundes.

O presidente regional do PP, deputado federal Pedro Henry, observou que, se o governador Silval Barbosa não conduzir a questão com destreza, pode levar a um racha na base. “A participação do governador na campanha é um problema sério. Nossas experiências anteriores nos mostram que a questão tem que ser muito bem administrada. Se não tomar muito cuidado, o governo vai ser um fator de desagregação”, afirmou.

Assim, como Fagundes, Henry lembrou que essa reunião com a base é uma cobrança antiga dos partidos. “Estamos pedindo essa reunião faz tempo. É preciso combinar uma regra, porque havendo regras, ninguém se machuca”, concluiu.

Um dos líderes do PSD, o deputado estadual José Riva foi outro que reclamou da falta de discussão entre os partidos da base. "Eu acho que demorou muito para se fazer uma reuniõa de partidos, e o Silval tem que convocar os partidos para discutir mais vezes", declarou.

Silval minimizou as cobranças por uma reunião conjunta. “Eu estou é adiantado para fazer essa reunião para discutir eleições. Nós deveríamos fazer isso mais perto das convenções, que serão em junho”, afirmou.

Riva, porém, partilha da visão do governador quanto à discussão eleitoral. “Antes de discutir eleições, temos que discutir o Estado e a reforma na máquina”, declarou antes da reunião.

O parlamentar reafirmou que, mesmo sem cargos, o PSD continua dando apoio ao Governo. “Lógico que temos pontos de vista que, muitas vezes, não combinam com os do governo, mas sempre estivemos na base aliada. Toda vez que formos chamados para discutir política, nós viremos”, disse.

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Sonia Martins Soares  10.04.12 09h29
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JOEL   10.04.12 08h51
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Altair Brazzo  10.04.12 08h04
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