Quatro professores da Escola Estadual Marcelina de Campos, no Bairro Santa Amália, em Cuiabá, registraram boletins de ocorrência nesta semana relatando que são contra o movimento grevista e que foram impedidos de entrar na unidade para trabalhar.
Os profissionais da Educação de 67 escolas da Capital iniciaram a paralisação na segunda-feira (27), de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).
No Estado, conforme o Governo, 47% das unidades não aderiram ao movimento.
O professor de matemática Reginaldo Ferreira de Andrade, de 38 anos, informou no B.O. que na terça-feira (28) foi impedido de entrar na unidade, já que o portão estava fechado.
De acordo com Reginaldo, a escola estaria tentando “frustrar e deturpar a manifestação contrária à greve".
"A escola estava fechada/portão trancado, impedindo o comunicante de bater seu ponto e trabalhar, pois não aderiu à greve. Foi impossibilitado de dar aula na data de hoje [27 de maio] no período matutino e vespertino", consta no B.O..
Regiane Maziero Andrade, de 46, compareceu à delegacia na tarde de terça-feira (28). Contrária à paralisação, ela afirmou que registrou o B.O. para se proteger de retaliações.
"A comunicante narra que a escola adotou meios para constrangê-la ao comparecimento ao trabalho, tenta frustrar e deturpar a manifestação contrária à greve. A vítima veio até a 1ª DP para se resguardar de qualquer coisa futura", consta em trecho da denúncia.
Os professores registraram o B.O. alegando a preservação dos direitos.
Com o registro dos boletins, os professores podem se precaver de um eventual corte no ponto em razão de não poder trabalhar.
Greve da Educação
Os profissionais decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, no dia 20 de maio. Eles reinvindicam o cumprimento da lei da dobra do poder de compra - aprovada em 2013, na gestão do ex-governador Silval Barbosa, e que dá direito a 7,69% a mais anualmente na remuneração durante 10 anos - e a Revisão Geral Anual (RGA).
A categoria ainda reivindica o fim do escalonamento salarial, realização de um concurso público e um calendário para melhorar a infraestrutura das escolas.
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10 Comentário(s).
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andre 30.05.19 10h02 | ||||
Demita todos os grevistas Governador! Tem um monte de gente que quer trabalhar no lugar deles. | ||||
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EDILSON R DA SILVA 30.05.19 08h43 | ||||
todos tem direito de a aderir ou não ao movimento; todos tem direito ao beneficio do aumento que já foi conquistado na lei que está pendente a aplicação; ninguém tem direito de constranger quem não quer aderir ao movimento e continuar aos trabalhos diários; a questão é: todos os servidores estão sujeitos à SUSPENSÃO do RGA, essa categoria não pode esperar também? O SINTEP já apresentou uma planilha com cálculos do orçamento 2019 e anos subsequentes demonstrando como devem ser realizadas as fontes de recursos frente às despesas com a educação estadual de obrigação continuada e de investimentos??? Provem que o Gestor está errado com cálculos reais, da fonte de recurso, das despesas e os fundamentos de supostas perdas salariais, e divulguem para a sociedade pelas redes sociais e portal do sindicato.... Após feito isso, se conseguir fundamentar a obrigação de implementar o aumento (ou reajuste) para a partir do ano corrente, terá apoio da sociedade com certeza... sem números razoáveis, não passará de greve política..... chega de gritaria... mostrem números... o povo entende se os números estiverem na mesa... | ||||
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Aloisio 30.05.19 07h20 | ||||
Acho que deve haver bom senso entre os profissionais da educação, para evitar esse tipo coisa acontecer, quando decidirem algo em assembleia geral em maioria absoluta ou então dizer o que fazer se não concorda com greve, para deixar todos cientes antes de tomar qualquer decisão e evitar constrangimento. O SINTEP/MT é a entidade que sempre lutou e conseguiu conquistar direitos dos trabalhadores de educação. | ||||
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Arnaldo Leite Albquerque 29.05.19 23h29 | ||||
é por isso e outras coisas que o nosso país não passa de uma colonia replicana. | ||||
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Romario 29.05.19 22h40 | ||||
Estes professores não gostam da atual gestão da escola e querem se aproveitar do momento para queimar a escola, inclusive um deles estava em viajem ate Terça Feira aproveitando a paralisação. | ||||
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