Ministro reafirma que estádio não será um "elefante branco"

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, descartou a possibilidade de o estádio que Cuiabá constrói para a Copa do Mundo de 2014 - a Arena Pantanal - se tornar um “elefante branco” após a realização do evento. O ministro visitou, nesta sexta-feira (19), pela terceira vez, o canteiro de obras do estádio, no bairro Verdão.

Rebelo reafirmou que a arena de Mato Grosso, a exemplo das demais que estão sendo erguidas no país, foi projetada para ser multiuso. E pediu ao Governo do Estado para que divulgue, com mais amplitude, quais atividades serão desenvolvidas no local após o Mundial de Futebol.

“Conversei com os responsáveis pela construção do estádio, para que se faça um esforço maior de demonstração do destino da Arena Pantanal, que tem seu projeto como alvo de elogios por parte da Fifa (Federação Internacional de Futebol), que também se preocupa com o legado”, disse o ministro.

Questionado sobre o abandono registrado nos estádios usados na África do Sul, durante a última Copa do Mundo – sendo que alguns já começaram a ser demolidos, devido ao alto custo de manutenção –, Rebelo negou semelhança com as grandes obras que estão sendo executadas no Brasil.

“Eu não conheço nenhum estudo das arenas da África do Sul que demonstre que elas foram projetadas como arenas multiuso. Se existe, eu respeito, mas desconheço. Sei que as nossas arenas, sim, foram projetadas como estádios multiuso”, afirmou o ministro.

Rebelo assinalou as atividades que poderão ser desenvolvidas nas 12 arenas multiuso, alegando que “não se trata apenas de campos de futebol”.

“São áreas destinadas a interligar várias atividades, entre elas jogos de futebol, congressos, espetáculos, feiras, eventos, exposições, turismo, bares, restaurantes, lojas. Algumas, como a de Recife, que foram projetadas para ser verdadeiras cidades”, disse.

O ministro afirmou que, enquanto não lhe for apresentado um estudo demonstrando as razões pelas quais a Arena Pantanal poderá se tornar um grande elefante branco, ele não irá cogitar essa possibilidade.

“Acho que o estádio não tem razão para ser classificado como elefante branco, a não ser que alguém demonstre isso. Não conheço estudos que demonstrem a vocação da arena de Cuiabá para ser um elefante branco. Conheço apenas os que indicam que ela atende uma necessidade da cidade, da região e do Brasil”, afirmou.

Potencial

Rebelo destacou que Cuiabá já se consolidou como destino turístico e de eventos e que deve explorar esse potencial, bem como a existência da Arena Pantanal, para se manter na rota principal das grandes feiras, exposições e congressos nacionais e internacionais.

“Eu acho que Cuiabá já é um destino turístico importante, de natureza, eventos e congressos e está localizado dentro de um bioma que é único no planeta, o Pantanal. Não tem mais nenhum lugar do mundo, à exceção de Mato Grosso do Sul, que tenha esse privilégio. Cuiabá tem que ter essa ambição. E acho que a construção da Arena está incluída nesse projeto”, disse.

"Eu não conheço nenhum estudo das arenas da África do Sul que demonstre que elas foram projetadas como arenas multiuso. Se existe, eu respeito, mas desconheço"

Evolução e prazo de entrega

Rebelo afirmou que está tranquilo quanto à conclusão do estádio, dentro do prazo estipulado pela Fifa, que é de dezembro de 2013 - inclusive, com antecipação do cronograma para outubro deste ano, conforme já foi amplamente divulgado pelo Governo do Estado.

Ele voltou a destacar que a Arena Pantanal é a obra mais importante no escopo da Copa do Mundo e o que o prazo de entrega é considerado “confortável e seguro”, para que todos os testes e eventos necessários na obra sejam realizados.

“Assisti a uma apresentação da evolução da obra e das providências adotadas em todos os quesitos para a conclusão do estádio. Então, a minha avaliação é otimista, acho que as coisas marcham de forma satisfatória e o Governo Federal vai trabalhar junto ao Governo do Estado e à Prefeitura Municipal para que Cuiabá realize uma Copa do Mundo à altura das potencialidades do Estado, da sua vocação e das expectativas do Brasil e do Mundo”, afirmou.