As redes sociais e o uso descontrolado da internet por crianças e adolescentes é uma das principais causas da adultização nessa era digital. Há a crença de que, se o conteúdo é produzido ao público infanto-juvenil, é inocente. Porém, o que se vê na prática é um aliciamento cada vez maior desse público, que são expostos em ambientes virtuais que degradam a imagem e atraem pedófilos.
Esta é a análise da psicanalista Fátima Santos, especialista em educação sexual, educação emocional e prevenção ao abuso infantil.
Segundo ela, canais de TV, podcasts e conteúdos digitais funcionam como um “bombardeio” na mente em formação das crianças. “Se nós, adultos, já nos perdemos no tempo quando pegamos o celular, imagine a criança. Isso é muito prejudicial”.
Fátima defendeu que as crianças não devem ser expostas nas redes sociais, e que os pais devem supervisionar os conteúdos consumidos pelos filhos. A psicanalista falou, ainda, dos perigos ocultos do ambiente virtual, no qual as plataformas digitais priorizam o lucro e não a proteção infantil, muitas vezes encaminhando conteúdos impróprios, de forma disfarçada.
"Antigamente, você ficava preocupado quando o seu filho ia para rua. Hoje, não. Os pais acharam que a internet iria substituir isso, iriam estar seguros, e hoje vivem as crianças trancadas em quartos. Sabe lá Deus vendo o quê? Assistindo o quê? Isso é muito preocupante", disse ela.
A psicanalista também falou sobre a importância de levar a informação às crianças, aos pais e profissionais que lidam com esse público, para que encerre a perpetuação desses abusos velados.
Confira os principais trechos da entrevista (e o vídeo ao final da matéria):
MidiaNews - O termo adultização tem sido muito divulgado nessas últimas semanas, mas algumas pessoas ainda não entendem o significado dele. A senhora poderia explicar e exemplificar o que é a adultização?
Fátima Santos - É um assunto que já trabalho desde que terminei a psicanálise. Fiz uma formação em Esepas, que é Educação Sexual Emocional e Prevenção ao Abuso Sexual Infantil. A gente trabalha nas escolas, justamente para que as pessoas saibam o que é a adultização de uma criança. Nada mais é do que você impor a uma criança que aja como se fosse um adulto. Mas a criança não tem essa maturidade psíquica, porque está em construção, não tem essa maturidade psíquica para entender o que é ter uma responsabilidade. Porque quando você exige de uma criança que tenha responsabilidade, quando ela não tem um amadurecimento psíquico para aquilo, é muito prejudicial para a psique. Porque nós não podemos esquecer que a criança está numa fase de desenvolvimento.
MidiaNews - Quais são os sinais mais comuns de que uma criança está sendo adultizada? Seja pelas redes sociais, pelo convívio familiar ou na escola.
Fátima Santos - Dentro do próprio âmbito familiar, quando a mãe, o pai, o cuidador, quem quer que seja, veste a criança em roupas que não são adequadas para a fase da criança. Envolve a criança para passar um batom vermelho, que é uma cor que chama muita atenção, uma maquiagem. A menina, principalmente, se espelha muito na mãe. Tem aquela fase que ela quer calçar o sapato da mãe, vestir a roupa, ela quer ser a mãe. Então, o que é importante para essa família, para esses pais, é dizer que, quando ela crescer, vai poder usar tudo isso. Mas que agora ela é uma criança, que tem que ser uma criança na maneira de vestir.
Hoje, temos na mídia muita adultização para incentivar essas crianças. Nós temos canal de TV, temos podcast, que eu acho um absurdo. A criança vai vendo tudo isso, as mídias hoje são um bombardeio na mente dessa criança. Imagina, se você quando pega um celular, quando vê, ficou duas horas e não percebeu. Você imagina na mente da criança que está em construção. Isso é muito prejudicial. Então, os pais têm que ter muita responsabilidade, ter um olhar atento sobre o que vestir na criança. Não comprar aquelas roupas inadequadas para a idade da criança. Ela não tem, ainda, as células totalmente amadurecidas como um adulto. Então isso prejudica muito.
MidiaNews - Muito se fala em proibir o uso das crianças e dos adolescentes das redes sociais. O que alguns especialistas defendem é que devemos ensiná-los a usar essas plataformas até como ferramenta no combate à exploração e à violência infantil. Entende que essa também é uma maneira correta dos responsáveis agirem?
Fátima Santos - Sim, com certeza. Hoje vivemos num mundo globalizado. É muito difícil dizer para uma adolescente não usar, não falo criança, porque criança não tem que usar celular. Tem pais que dão o celular para crianças com dois, três anos e você vê que a criança, quando tira o celular, fica desesperada como se fosse uma abstinência, como se fosse uma droga. E, na realidade, é uma droga para o cérebro da criança que está em construção.
Os estudos mostram, a ciência mostra, que a criança só deveria ter acesso a telas e desenhos a partir dos seis anos de idade. Assim mesmo, uma hora por dia, meia hora por dia, com a supervisão dos pais. O que vemos hoje? A maioria desses desenhos existem linguagens abusivas. A criança está ali como uma esponja, vai sugando tudo isso. Então, é de extrema necessidade que os pais observem o que seus filhos estão assistindo. Se vai dar um vídeo ao seu filho assistir, um filminho infantil, por mais infantil que seja, assistam antes, e tenham um olhar crítico.
MidiaNews - Não é porque o conteúdo é destinado às crianças que ele seja, de fato, correto para as crianças. É isso?
Fátima Santos - Exatamente. No mundo virtual, assim como no mundo real, existem muitas máscaras, as pessoas usam muita máscara. As pessoas que, às vezes, têm uma depressão profunda ou estão no trabalho, usam a máscara de que estão sempre bem felizes. Cada um usa a máscara que acha que caiba nela. O mundo virtual é a mesma coisa. Só há interesse monetário nas plataformas de mídia, nas plataformas de desenho, e envolve muita grana. Eles não estão preocupados se vai distorcer a mente da criança ou não. Eles estão preocupados em ganhar. Eu já cheguei a assistir vídeos infantis, que no meio do vídeo, porque eles não colocam no início, abre uma janelinha lá, a criança curiosa, vai clicar, e é um pedófilo.
Às vezes, é um pedófilo se passando por criança até aliciar aquele menor. Tem que tomar muito cuidado. Antigamente, você ficava preocupado quando o seu filho ia para rua, se ia se machucar, cair. A preocupação era na rua, mas tinha a hora de recolher. Chegava a hora de tomar banho para jantar e se recolhia. Hoje, não. Os pais acharam que a internet iria substituir isso, iriam estar seguros, e hoje vivem as crianças trancadas em quartos. Sabe lá Deus vendo o quê? Assistindo o quê? Isso é muito preocupante. Eu acho extremamente desnecessário TV em quarto de criança, videogame, tudo que é eletrônico em quarto de criança. Coloquem música. A musicoterapia é a melhor coisa, até para ansiedade. Mas não vídeos.
MidiaNews - Hoje, o acesso que eles têm ao mundo inteiro é em apenas um toque, mas os pais, às vezes, não sabem disso. Que tem uma pessoa de outro estado, de outro país, tendo acesso ao seu filho, a fotos do seu filho.
Fátima Santos - Sim. Hoje parece que temos a necessidade de mostrar quem somos. Isso é muito perigoso. Você é um adulto, sabe se defender. Bem ou mal, mas vai saber se defender. Mas e a criança? Porque ela é coagida. Ela não sabe se defender. E eu me lembro logo quando surgiu o Facebook, eu vinha descendo ali a Avenida do CPA, tinha um painel bem no cruzamento da Avenida Mato Grosso. E meu filho era adolescente. Eu mostrei para ele: ‘Você está vendo aquele painel?’ Ele falou, sim. [Eu disse] Imagina que esse painel é uma rede social, no Facebook. Não é só quem está passando por aqui que vai ver. O mundo inteiro vai ver’. Tem que ter muito cuidado naquilo que você posta, naquilo que você vê na internet. Tem um perigo por trás de tudo isso.
MidiaNews - Como diferenciar uma brincadeira saudável de uma situação em que a criança está sendo colocada em papéis que não correspondem à idade dela?
Fátima Santos - Isso no âmbito familiar é algo que acontece, às vezes, até por falta de informação dos próprios pais. Eu sou mãe, sou avó, tenho outro olhar para crianças. Mas, às vezes, a gente é tão inocente, fica tão empolgado com o desenvolvimento do filho, que se a criança faz uma dancinha bonitinha, você fica incentivando. Mas a música não é ideal para criança. Não é uma música infantil, é uma música de adulto. Isso é algo que os pais fazem sem malícia, mas temos que entender que vivemos numa selva. E que você não tem malícia, acha que vai ser tudo lindo, não tem muita percepção do perigo. Mas vivemos num mundo que é extremamente perigoso. Não sabemos quem está sentado ao nosso lado.
Uma coisa que acho extremamente de mal gosto, quando uma menina está saindo da fase da infância, indo para a puberdade, que o corpo dela começa a modificar e vem aquelas piadinhas. ‘Está ficando mocinha”. E o que acontece? A mídia, de um modo geral, nas redes sociais, principalmente, mostra muita propaganda. E quem não quer se apresentar bonita? Quem não quer chamar a atenção? Então, ficam aqueles olhares. Em família mesmo, cria aquelas piadinhas. Essas coisas os pais têm que cortar. Por mais que seja parente. Hoje, sabemos que a maioria dos abusos são dentro dos próprios lares. Dentro do âmbito familiar. É exorbitante. Eu trabalho com abuso, vejo o quanto é grande esse número.
MidiaNews - Quais são as consequências que a adultização pode trazer para o desenvolvimento emocional e psicológico das crianças? A senhora citou que isso acontece, que afeta o psicológico das crianças, e de que forma a gente consegue ver isso?
Fátima Santos - São inúmeras as formas, é até difícil enumerá-las, mas vou falar de algumas que são as principais. Quando você é criança, está em construção. Vou fazer uma analogia aqui para que as pessoas possam entender melhor. Você está fazendo a construção de um prédio. Se essa base que vai dar sustentação a esse prédio por 50, 100, 150, 200 anos não for uma base bem feita, não for uma base bem estruturada, uma hora bate um ventinho e esse prédio vai ruir. Uma infância que não é bem estruturada, tem como se fosse um roubo da infância. Porque seria uma infância roubada querer adultizar uma criança que não tem maturidade psicológica e nem emocional para que ela faça aquilo que o adulto deseja.
Isso vai ser muito prejudicial na vida adulta. Ela pode ter problemas seríssimos de relacionamentos. Ela pode ter depressão que nunca vai conseguir curar. Vai ter uma falta que nunca vai conseguir preencher. Você não vai saber conduzir as suas emoções. Vai ter mais fragilidade para ser abusada, porque vai entender que, como você já vem de uma infância totalmente desestruturada, totalmente adultizada, para você aquilo é normal. Porque não tem uma formação psicológica, emocional, que dê sustentação à vida adulta.
É muito diferente uma criança brincar de médico, de mamãe. A criança precisa disso, por ela vai fomentando na psique dela como lidar com a vida adulta. Só que aquilo ali é um imaginário dela, é uma brincadeira saudável que ela necessita ter. Se ela não tem essa brincadeira saudável, na vida adulta vai ser muito difícil ela saber lidar com as emoções. Durante essa infância, é o simbólico que tem validade para a criança. Ela não tem aquela responsabilidade que o adulto quer impor à criança ao adultizar uma criança. Ela não tem o peso que o adulto tem da responsabilidade. O que a gente vê muito, principalmente nas famílias mais desestruturadas, são irmãos sendo pais, mães. A cultura brasileira tem muito disso. ‘Ah, você já está grande, cuida do seu irmão’. A criança não tem responsabilidade. O outro ser não é um brinquedo. É uma vida real. Então, não podemos confundir o imaginário com o real. De forma alguma. Isso vai criando muitas lacunas emocionais.
MidiaNews - Existe diferença nos impactos da adultização entre meninos e meninas?
Fátima Santos - Desde que o mundo é mundo, a mulher é sempre vista como objeto. Infelizmente. Desde a época da pré-história, desde que o mundo é mundo, a mulher sempre foi vista como objeto, como se não tivesse o sentimento, ela não tivesse o seu valor, não tivesse direito a nada, a não ser de ser um objeto de uso. Não estou dizendo que não exista com os meninos. Porque tem muitos pais que falam ’Nossa, meu filho parece um homenzinho’. Temos um exemplo na internet, que bomba, um menino que é pastor. ‘Nossa, ele é um homem de fé’. Então, o adulto mesmo acaba com a mente da criança. Não é só as redes sociais, não é só a internet, os pais também. Por uma falta que eles têm, que não conseguiram cumprir na vida, depositam a negligência do que não consegue resolver psicanaliticamente, na vida do filho. Depositam tudo que não conseguiram no filho. Aí começa essa exigência, essa adultização tanto do menino como da menina. Na pedofilia, existem os pedófilos que gostam de meninos de uma certa idade, tem até os símbolos que eles usam na internet. Então, existe muito isso tanto na parte do menino quanto da menina. Existe mercado para tudo. E é muito caro um vídeo de uma criança. São encomendas caríssimas, isso não é só no Brasil, é no mundo inteiro. Então, os pais tanto podem adultizar o menino, como podem adultizar a menina.
MidiaNews - Qual é o papel da escola na prevenção da adultização e na orientação das famílias quanto ao combate da exploração e violência sexual infantil?
Fátima Santos - Nas escolas, damos palestras para crianças de dois até a adolescência. Vejo uma falta de políticas públicas. Eu diria que ela não está preocupada em formar profissionais das escolas nessa parte social e emocional da criança. A preocupação do governo é professor que sabe ensinar matemática, português, não existe na grade curricular nenhuma matéria que faça uso da palavra de um profissional ou de um professor para que oriente crianças quais são os direitos delas, o que é um abuso sexual. O que pode e o que não pode.
O mundo está difícil de se viver. E o que nós temos que fazer hoje? Temos que orientar essas crianças. Eu fui dar palestra numa escola em Várzea Grande e fiquei com dó da diretora da escola. Não fiquei lá nem uma hora, acho. Do tempo que estive lá, era um caso atrás do outro. Quando ela chegou, vi que ela estava esgotada. Ela não tem formação de como lidar com a criança que foi abusada. O que dizer para essa criança? Como acolher ? Qual a forma correta de acolher? Eu dei orientações para ela, perguntei: como você faz? Ela falou: ‘Eu faço como se fosse meu filho’. É até difícil dar palestras em escolas. Você não pode dar palestra em escola sozinha, porque você vai mexer em feridas. Vai falar sobre abuso, termina a palestra, um monte de criança vem contar. Não diria que vai acabar, mas o que vai amenizar esse sofrimento dessas crianças? A informação. Quando você tem informação, sabe se proteger. Quando você não tem, não tem como se proteger.
MidiaNews - A violência sexual infantil acontece muito no dia a dia das crianças também. E a internet trouxe maior visibilidade para isso, porque deixa as crianças mais à mostra, mais vulneráveis do que já são. O que a gente pode dizer aos pais, que acreditam que mostrar os filhos nas suas redes sociais, com trajes de banho, dançando, que acreditam que isso é inocente, para que repensem?
Fátima Santos - A primeira coisa seria trabalhar esses pais. Porque vejo uma desinformação total. Criou-se uma moda de ‘Vou me casar, vou ter filho’, mas muitos não têm estrutura. Você sabe realmente o que é ser pai? Você sabe realmente o que é ser mãe? Então, não existe uma formação, não existe uma palestra, nada, que esses pais procurem. O que devo fazer e não devo fazer com meu filho?
Essa falta de informação leva os pais a muitos erros. Põe a criança dançando, dando banho no filho, fica filmando a criança. Isso é um vídeo caríssimo para pedofilia. Os pedófilos, os aliciadores ficam na internet o tempo todo procurando esse tipo de coisa. Mães que tiram foto com a criança entrando na escola, uniforme da escola. Não faz isso, pelo amor de Deus. Não façam. Mostra a criança em casa, fazendo isso, fazendo aquilo. A criança não precisa disso para viver, a criança precisa brincar, precisa de amiguinhos. Então, não tire foto de seus filhos. A criança não precisa estar na internet. A internet é uma porta aberta para os pedófilos escolherem qual ele quer. Quanto que ele vai negociar aquela criança. É isso que acontece, e os pais têm que ter essa noção.
MidiaNews - A senhora tem a formação em prevenção e combate à violência sexual infantil. Quais são as dicas que pode dar sobre a prática de educação sexual e emocional para os pais, para proteger essas crianças?
Fátima Santos - Quando se fala em educação sexual, a maioria das pessoas imagina que vai falar de sexo. E o que acontece? A falta de informação. Os pais acham que eles só podem falar de algo sexual, da palavra sexual mesmo, quando a criança está na adolescência. Você ensina religião para o filho, ensina para o seu filho como se vestir, como comer, como ir ao banheiro, quando ele está com 15 anos? Esse diálogo com seu filho, da educação sexual, se ensina desde quando há a fecundação. Quando o pai e a mãe conversam com o filho na barriga da mãe, quando ela está na gestação. A educação sexual começa, sim, na gestação. Por que quando essa criança nasce, que ela ouve a voz daquele pai, que já ouviu por nove meses aquela voz, o pai brincando, conversando com ela, passando, fazendo carinho, o toque, ela vai saber quem é o pai. Você pode estar no meio de dez homens, ela vai saber que aquela voz é do pai dele. Esse amparo é todo dia, é a todo momento. O que é educação sexual? Seu filho vai ao banheiro, vai usar o troninho? Ensine ele. Tudo que nos dá prazer, tudo que nos move para vida envolve educação sexual. Quando você trabalha, você conquista, consegue dinheiro para comprar uma casa, ou comprar um carro, ou uma roupa, você não sai feliz? Isso envolve educação sexual. Tudo que nos move para a vida, tudo nos dá prazer envolve educação sexual. Quando você fala prazer, a mente humana adulta é muito maliciosa. Quando você fala prazer, a pessoa só pensa em prazer sexual. Prazer é quando você está com fome e você come. Quando você está com sede e você bebe algo. Tudo isso é educação sexual. E essa educação sexual, ela não tem um momento específico, ‘ah, vem aqui que eu vou te falar isso’. É na vivência, nos acontecimentos do dia a dia.
MidiaNews - Tem um ditado que “as crianças são reflexo dos pais”. Isso é de fato verdade?
Fátima Santos - Muito verdade. Por exemplo, se você está numa escola, fica meia hora conversando com a criança, já sabe quem são os pais dele. Porque a criança, como eu falei, aprende naquilo que ela vê, naquilo que ela faz, que é visível a ela, aquilo que ela entende, não só no diálogo. A criança é como uma esponja, vai sugando tudo. Você não precisa conhecer os pais. Se você conversar 10, 15 minutos com a criança, de acordo com o diálogo dela, já vai saber quem são os pais.
Assista a entrevista:
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
0 Comentário(s).
|