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03.10.2024 | 17h40 Tamanho do texto A- A+

Acordo livra empresário de ação por suposto desvio de R$ 9 mi

Edilson Guermandi de Queiroz era acusado de atuar na lavagem do dinheiro desviado do Legislativo

Reprodução

O juiz João Filho de Almeida Portela, que assina a decisão

O juiz João Filho de Almeida Portela, que assina a decisão

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A Justiça homologou um acordo entre o Ministério Público Estadual (MPE) e o empresário Edilson Guermandi de Queiroz, e retirou o nome dele de uma ação penal por crime de lavagem de dinheiro oriunda da Operação Ventríloquo.

 

A operação investigou um esquema que teria desviado R$ 9,4 milhões da Assembleia Legislativa entre os anos de 2013 e 2014.

 

A decisão é assinada pelo juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada nesta quinta-feira (3).

 

Pelo acordo, o empresário se comprometeu a pagar R$ 128,7 mil em dez parcelas.

 

O dinheiro será enviado a alguma entidade pública ou privada com destinação social, a ser definidos pela Vara de Execução Penal.

 

Na decisão, o juiz citou que as condições estabelecidas não acordo “são adequadas, suficientes e não abusivas”.

 

O magistrado, no entanto, advertiu o empresário afirmando que o acordo será imediatamente revogado se ele vier a descumprir qualquer das condições impostas.

 

Seguem respondendo a ação os ex-deputados estaduais Gilmar Fabris e Mauro Savi, além de José Antonio Lopes, Ana Paula Ferrari Aguiar, Claudinei Teixeira Diniz, Marcelo Henrique Cini, Cleber Antônio Cini, Valdir Daroit, Leila Clementina Sinigaglia Daroit e Odenil Rodrigues de Almeida. O ex-deputado estadual Romoaldo Júnior também respondia o processo, mas ele morreu em março deste ano.

 

Operação Ventríloquo

 

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Romoaldo Júnior e Mauro Savi, em parceria com o ex-deputado José Riva, Francisvaldo Mendes Pacheco, Julio Cesar Domingues Rodrigues, Anderson Flavio de Godoi, Luiz Marcio Bastos Pommot e Joaquim Fábio Mielli Camargo – esses seis últimos respondem um processo separado - teriam constituído "organização criminosa" estruturalmente ordenada com objetivo de "saquear os cofres" da Assembleia.

 

Consta na ação que o grupo teria desviado cerca de R$ 9.480.547,69 por meio do pagamento de uma dívida de um seguro contraído pelo Legislativo com o antigo Banco Bamerindus.

 

Ainda segundo o Ministério Público, no mesmo período os acusados teriam ocultado e dissimulado a natureza e a origem dos valores, contando com o auxílio dos empresários e assessores parlamentares José Antonio Lopes, Ana Paula Ferrari Aguiar, Claudinei Teixeira Diniz, Marcelo Henrique Cini, Cleber Antônio Cini, Valdir Daroit, Leila Clementina Sinigaglia Daroit, Odenil Rodrigues de Almeida e Edilson Guermandi de Queiroz.

 

Com relação à participação do deputado Gilmar Fabris, o MPE afirmou que as investigações demonstram que ele teria sido beneficiário de R$ 95 mil do dinheiro desviado. Segundo o MPE, o parlamentar tinha "ciência da origem espúria dos recursos".

 

Os promotores disseram que ele teria providenciado sua “lavagem” por meio de sua ex-assessora Ana Paula Ferrari Aguiar. 

 

 

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