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RETROSPECTIVA 2020
25.12.2020 | 11h58 Tamanho do texto A- A+

Conselheiro do TCE foi filmado tentando esconder cheques no lixo

Waldir Teis foi preso em flagrante suspeito de prática do crime de obstrução da Justiça

Reprodução

O conselheiro coloca os cheques na lixeira sem perceber a presença do policial

O conselheiro coloca os cheques na lixeira sem perceber a presença do policial

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

Afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) desde 2017, o conselheiro Waldir Teis foi preso neste ano após ser flagrado tentando esconder possíveis provas, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em seu escritório, no Centro Empresarial Maruanã, em Cuiabá.

 

O episódio aconteceu no dia 17 de junho,  durante a deflagração de mais uma fase da Operação Ararath, que investigou um esquema de corrupção em Mato Grosso nos governos de Blairo Maggi e Silval Barbosa.

 

As câmeras de monitoramento do Centro Empresarial filmaram toda a ação de Teis. 

 

Inicialmente as imagens mostram ele saindo do escritório onde tem uma sala, sendo imediatamente seguido por um agente federal, que o acompanha de longe, sem se aproximar e tentando não ser notado.

  

As várias câmeras instaladas ao longo da escadaria do edifício, que fica na Avenida do CPA, mostram Teis - de 66 anos - descendo apressado e o agente atrás, sempre mantendo distância.

  

Em determinado momento, o conselheiro para em frente ao elevador da entrada de serviço, no térreo do prédio. Ele então tira alguns papéis do bolso e os coloca em uma lixeira sem notar que o agente está atrás.

  

Ao perceber que fora surpreendido, Teis estende o braço e se apoia na parede do elevador, enquanto o agente filma a lixeira.

  

Segundo o relatório da PF, os papéis eram de cheques assinados em branco e canhotos de cheques. Segundo o Ministério Público Federal, os canhotos dos cheques somam mais de R$ 450 mil. 

 

Ele foi solto no dia 4 de agosto e desde então, cumpre prisão domiciliar.

 

Reveja o vídeo: 

 

 

Afastamento

 

Teis está afastado do TCE desde  setembro de 2017 pela acusação de receber propina na gestão do ex-governador Silval Barbosa.

 

Ele e Valter Albano, Antonio Joaquim, Sérgio Ricardo e José Carlos Novelli são suspeitos de receber R$ 53 milhões em propina para, em troca, dar pareceres favoráveis às contas de Silval e não colocar entraves no andamento das obras da Copa do Mundo de 2014.

 

Valter Albano, por sua vez, já conseguiu retornar ao cargo.

 

Leia mais: 

 

Câmeras flagraram Teis descendo escadas e descartando cheques

 

PF prende conselheiro do TCE-MT por atrapalhar investigação

 

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