Cuiabá, Segunda-Feira, 22 de Setembro de 2025
RÉU POR MORTES
22.09.2025 | 16h40 Tamanho do texto A- A+

Defesa tenta transferir júri de Carlinhos para fora de Cuiabá

Advogado diz que ampla repercussão do caso na Capital poderia comprometer o julgamento

Reprodução

O empresário Carlinhos Bezerra, réu confesso de dois assassinatos

O empresário Carlinhos Bezerra, réu confesso de dois assassinatos

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A defesa do empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra, conhecido como Carlinhos, filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra (MDB), pediu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso a transferência de seu júri popular de Cuiabá para outra cidade do estado.

 

Carlinhos é réu confesso pelo assassinato da ex-companheira Thays Machado e do namorado dela, William Cesar Moreno, ocorrido em 18 de janeiro de 2023, no bairro Consil, em Cuiabá. Ele está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).

 

O empresário foi pronunciado por duplo homicídio qualificado — por motivo torpe, meio cruel, perigo comum, surpresa e impossibilidade de defesa das vítimas — além de feminicídio contra Thays.

 

Segundo a defesa, a ampla repercussão do caso na Capital poderia comprometer a imparcialidade do júri. Paralelamente, a defesa pediu à primeira instância a suspensão do processo até que o Tribunal de Justiça julgue o pedido de desaforamento. 

 

Fontes ouvidas pela reportagem apontam que a estratégia da defesa seria ganhar tempo, na tentativa de adiar o julgamento popular e até buscar uma eventual prisão domiciliar. Até o momento, a Justiça de Mato Grosso ainda não definiu a data do júri.

 

Desde que foi pronunciado, em maio de 2023, os advogados de Carlinhos vem ajuizando diversos recursos na tentativade  adiar o julgamento popular.

 

Em julho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) comunicou o trânsito em julgado dos recursos e devolveu o processo à primeira instância.

 

No mês passado, a 1ª Vara Criminal de Cuiabá recebeu novamente os autos. Antes de definir a data do júri, a juíza Mônica Perri notificou a defesa, a assistência de acusação e o Ministério Público. 

 

As partes tiveram prazo de cinco dias para apresentar testemunhas, juntar documentos e solicitar diligências. A defesa, entretanto, apenas solicitou acesso a algumas provas e comunicou o pedido de desaforamento.

 

O crime

 

Thays Machado Willian Moreno foram mortos em frente ao Edifício Solar Monet, em Cuiabá. Eles foram até o edifício, onde mora a mãe dela, para deixar um veículo na garagem.

 

Ao sair na portaria para aguardar a chegada de veículo de transporte por aplicativo, as vítimas foram surpreendidas pelo assassino, que conduzia um Renault Kwid, e passou a fazer os disparos contra o casal, que morreu ainda no local.

 

A Politec constatou que Thays foi atingida por três disparos, sendo dois nas costas e um na altura do quadril.

 

Willian foi atingido no braço esquerdo e no peito, e ainda tentou fugir do atirador, mas caiu na calçada, a poucos metros de Thays.

 

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