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O juiz Anderson Gomes Junqueira determinou a prisão preventiva da ex-estagiária do Fórum de Tangará da Serra, Lília Grazielly Correia da Silva, e seu namorado, Mauro Henrique Santos Vilela. Eles são investigados pelos crimes de estelionato virtual.
Segundo apurado pelo MidiaNews, há uma célula desse grupo na cidade. O funcionário de uma agência bancária é suspeito de fornecer dados pessoais das vítimas ao casal. Ele é investigado pela Polícia Civil.
Lília, de 20 anos, é estudante de Direito, e o namorado, de 22, tem histórico criminal por tráfico de drogas. O casal teve cumprido mandado de prisão pela Polícia Civil, na segunda-feira (1).
"[...] decreto a prisão preventiva de Lília Grazielly Correia da Silva e Mauro Henrique Santos Vilela, com fulcro nos arts. 311, 312 e 313 do Código de Processo Penal, em razão da, em tese, prática do crime previsto no art. 171, caput, c/c § 2º-A, do Código Penal (estelionato mediante fraude eletrônica), possivelmente no contexto de organização criminosa (art. 2º da Lei nº 12.850/2013), sem prejuízo de eventual readequação típica pelo Ministério Público, conforme ulterior colheita de provas", decidiu o juiz.
Conforme a Polícia, eles se passavam por agentes bancários para acessar dados pessoais de vítimas e incentivá-las clicar em links fraudulentos. Lília e Mauro foram autuados em flagrante por estelionato qualificado.
O inquérito teve início há cerca de 30 dias, após denúncias de que a jovem poderia estar envolvida com atividades ilícitas. A suspeita, que ganhava em torno R$ 2 mil, apresentava desproporção com a renda que tinha, andando com veículos de alto valor, motocicleta importada e celular de última geração.
Assim, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão contra a investigada, na residência dela, foram apreendidos seis aparelhos telefônicos, um notebook, diversos chips, além de valores em dinheiro.
Foi descoberto, ainda, que as últimas mensagens encaminhadas pelo casal em supostos golpes ocorreram poucas horas antes da entrada da equipe policial.
Mensagens do golpe
A perícia nos aparelhos celulares de Lília e Mauro revelaram diversas mensagens enviadas às vítimas e também desvenda como eram organizados os golpes. (Veja na galeria abaixo)
Em uma das imagens, a Polícia afirma que uma das identidades que a estudante utilizava era de Liliane Corrêa, gerente de uma agência do banco Bradesco. Ela ainda teria aberto uma conversa na qual deixava textos prontos.
"Meu nome é Liliane, e estou assumindo a gerência a partir de agora da unidade 0148 do Bradesco. Gostaria de me apresentar e dizer que estou à disposição para ajudá-lo no que for necessário. Meu compromisso é oferecer um atendimento próximo e eficiente, garantindo que suas necessidades sejam sempre atendidas da melhor forma. Será um prazer conhecê-lo melhor e entender como posso contribuir para a sua experiência com o banco. Fico à disposição. Atenciosamente. Liliane Corrêa. Bradesco - 0148".
Já Mauro se apresentava como Rafael Corrêa, e enviava, segundo a Polícia, mensagens semelhantes às enviadas por Lília, também como novo gerente de agência bancária.
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