A Justiça de Mato Grosso determinou o bloqueio de contas bancárias, veículos e até uma arma de fogo pertencentes ao empresário Marcelo Nascimento da Rocha, conhecido como “Marcelo Vip”, e à ex-servidora estadual Hellen Cristina Carmo de Lima.
A decisão é assinada pelo juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ações Coletivas, e foi publicada nesta sexta-feira (25).
O valor refere-se ao cumprimento de sentença de uma ação por ato de improbidade administrativa. Segundo o processo, os acusados não quitaram, dentro do prazo legal, a dívida reconhecida judicialmente no valor de R$ 42,5 mil cada.
Os dois foram acusados pelo Ministério Público Estadual (MPE) de aplicar golpes em profissionais da área médica em Cuiabá.
A decisão autorizou a penhora de valores via Sisbajud, sistema que rastreia e bloqueia eletronicamente recursos em contas bancárias dos devedores. Se forem encontrados valores, o dinheiro será transferido para a Conta Única do Tribunal de Justiça.
Caso a tentativa de penhora em dinheiro fracasse, o juiz autorizou busca de veículos via Renajud, com inclusão de restrição de transferência e eventual penhora direta. Os bens localizados serão avaliados e poderão ser leiloados.
Além disso, juiz autorizou, caso restarem infrutíferas o bloqueio dos veículos de Hellen Cristina, a penhora de uma arma de fogo, uma pistola calibre .380 registrada em nome dela.
O magistrado entendeu que, por não ser bem essencial ou protegido por lei, o armamento pode ser levado à hasta pública.
O suposto golpe
Segundo a ação, o golpe foi descoberto a partir de uma investigação realizada pela Polícia Federal sobre o envolvimento de "Marcelo Vip" no furto de uma aeronave.
“Aduz que, por meio das interceptações telefônicas realizadas em tal processo, constatou-se que além do furto da aeronave, o Srº Marcelo Nascimento, com o objetivo de auferir dinheiro fácil, aplicava golpes financeiros em desfavor de profissionais liberais da área médica, oferecendo-lhes equipamentos oftalmológicos por preços substancialmente inferiores ao preço de mercado”, diz trecho da ação.
Conforme a ação, "Marcelo Vip" recebia ajuda da então servidora, que utilizava-se do sistema Secretaria de Estado de Administração para obter os dados telefônicos e pessoais das vítimas.
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