Cuiabá, Quinta-Feira, 21 de Agosto de 2025
"DESPREZO PELA VÍTIMA"
21.08.2025 | 10h40 Tamanho do texto A- A+

Juiz mantém prisão de homem que matou ex a tiros em pesqueiro

José Alves dos Santos foi detido na segunda-feira (19); crime ocorreu no domingo (18), em Sorriso

Reprodução

José Alves dos Santos (detalhe) foi filmado atirando na ex-companheira, Jacyra da Silva, em um pesqueiro em Sorriso

José Alves dos Santos (detalhe) foi filmado atirando na ex-companheira, Jacyra da Silva, em um pesqueiro em Sorriso

ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

O feminicida José Alves dos Santos, preso na segunda-feira (18), no distrito de Piratininga, pelo assassinato da ex-companheira, Jacyra Grampola Gonçalves da Silva, de 23 anos, em Sorriso (398 km ao norte da Capital), passou por audiência de custódia na tarde de terça-feira (19), e teve a prisão mantida. 

 

Disse que fez isso mesmo e que já estava com intenção de se entregar

A decisão é do juiz plantonista Arthur Moreira Pedreira de Albuquerque, da 2ª Vara Criminal de Sorriso. O caso tramita sob sigilo, mas informações confirmadas pelo magistrado são de que o descumprimento de medidas protetivas e a crueldade dos fatos, além do total desprezo pela vida da vítima, embasaram a manutenção da prisão. 

 

Conforme revelado pela delegada Layssa Crisostomo, responsável pelo caso, o relacionamento de Jacyra e José terminou em maio deste ano. Mas o comportamento agressivo do suspeito fez com que ela recoresse à medida protetiva, que não foi suficiente para salvá-la.

 

O assassinato ocorreu no último domingo (17), em um pesqueiro de Sorriso, e foi filmado por câmeras de segurança. Segundo a investigação, José dos Santos teria ido ao local, acompanhado de um amigo. Quando viu Jacyra, foi até ela e disse que tinha um "presente da Shopee" para entregar. 

 

Ele foi até o carro e voltou com a arma escondida na caixa. Nas imagens, a vítima aparece sentada ao lado de uma amiga, não houve tempo de reação. Logo que se aproximou, ele saca a pistola e dispara diversas vezes, atingindo Jacyra no rosto. 

 

Após o crime, ele fugiu em um Volkswagen Fox de cor preta. Quando chegou ao distrito de Santiago, abandonou o carro, pediu carona e foi até o distrito de Piratininga, onde almoçou e seguiu a pé sentido a Paranatinga, mas foi preso antes de chegar na cidade.

 

Segundo a delegada, quando foi questionado sobre o crime, José dos Santos riu. "O tempo todo ele estava muito sarcástico, debochava, ria. Disse que fez isso mesmo e que já estava com intenção de se entregar, mas que estava esperando o momento certo para que fosse preso. Na cabeça dele, passando as 24h, poderia se apresentar, que nada iria acontecer”, disse.

 

“Em uma breve conversa, ele acabou relatando onde estava escondida a arma. Nós voltamos ao distrito de Piratininga, e numa mata fechada, localizamos a arma utilizada no crime [...] ele não falou a motivação. A verdade, é que ele não aceitou o término da relação”.

 

 

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