A Justiça de Mato Grosso decretou a prisão preventiva do empresário Alexandre Franzner Pisetta, detido em flagrante nesta quinta-feira (3), após ser acusado de agredir, injuriar e ameaçar a ex-namorada, a modelo cuiabana Stephany Leal.

A decisão foi assinada pelo juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Audiências de Custódia de Cuiabá.
O empresário foi preso na residência onde a vítima também mora, logo após novos episódios de ameaça e ofensas. Segundo o magistrado, há “sólidos indícios” de que, em liberdade, Pisetta volte a cometer crimes contra a vítima.
O boletim de ocorrência que embasou o flagrante narra um histórico de descumprimento de medidas protetivas, perseguição, ameaças de morte e ataques misóginos. Stephany relatou episódios reiterados de violência psicológica, moral e física e afirmou, em depoimento, temer pela própria vida. Ela publicou nas redes sociais um vídeo registrado em uma das vezes em que foi agredida. (Veja abaixo).
Segundo o juiz, o relato da vítima demonstra que Pisetta “não aceita o término do relacionamento”, agindo como se o casal “estivesse apenas brigado” e persistindo “com ofensas e ameaças dirigidas a ela e a seus familiares”, chegando a declarar que, se ela “acionasse a medida protetiva”, ele a mataria.
A modelo também relatou que, após ver uma foto dela enviada por uma ex-namorada do empresário, Pisetta enviou mensagens dizendo “não acredito que você veio aqui falar comigo e depois foi dar para outro, você é uma v*, sua p* dos infernos”.
No dia seguinte, as ameaças se intensificaram. Conforme o boletim de ocorrência, ele teria dito à vítima “só aproveita ele aí agora, pq eu vou me vingar! esse cara vai aprender a nunca mais mexer com mulher dos outros. E você vai aprender a respeitar homem”.
Em outro trecho, Stephany afirmou que o suspeito enviou uma foto de arma e escreveu “to só esperando vocês dois”.
O magistrado destacou que a situação apresenta risco real de feminicídio, citando que a modelo chegou a tentar tirar a própria vida em desespero após as ameaças.
A decisão aponta que, apesar de Pisetta ter emprego formal e endereço fixo, tais circunstâncias não afastam o risco.
“Nada evidencia que o conduzido, em liberdade, não repetirá a prática delituosa”, afirmou o juiz ao justificar a manutenção da prisão.
O juiz determinou ainda que a vítima receba acompanhamento da Patrulha Maria da Penha e da equipe psicossocial da comarca, que deverá emitir relatórios mensais.
Veja o vídeo:
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