A Justiça negou um pedido de liberdade impetrado pela defesa de Raony Silva de Jesus, 27 anos, acusado de matar a esposa Aline Gomes de Souza, 20 anos, no Bairro Chácara dos Pinheiros, em Cuiabá.
O crime ocorreu no dia 14 de abril, no condomínio Chapada dos Bandeirantes, e o acusado chegou a fugir, mas acabou preso no mesmo dia e confessou o homicídio.
Aline foi morta a golpes de faca após ser perseguida por Raony no estacionamento do residencial. As câmeras de monitoramento do local flagraram assassino correndo atrás da vítima.
De acordo com o pedido da defesa, não haveria “pressupostos autorizadores para a manutenção de sua prisão, requerendo a imediata soltura do autuado”.
Porém o Ministério Público Estadual (MPE) opinou pela manutenção da prisão de Raony, o que foi acompanhado pelo magistrado plantonista.
Segundo o juiz, a prisão é necessária para a garantia de ordem pública, considerando a gravidade do delito e a atitude comportamental criminosa do acusado.
“Que saiu em perseguição à vítima, no próprio condomínio em que residiam, consumando covardemente o delito, qual, segundo o relato do próprio autuado, se apresentou perante a autoridade policial em decorrência do "medo", quiçá, de vingança dos parentes da vítima, portanto, a apresentação com aparência de espontaneidade se deu em razão da consignação supra”, consta na decisão.
Ressaltou ainda que devido à gravidade do crime, Raony poderia praticar novos delitos e até mesmo tentar fugir.
“Por fim, verifico que, caso o acusado seja eventualmente condenado, muito provavelmente cumprirá pena no mesmo regime em que se encontra, qual seja, o regime fechado, dada a gravidade e a pena do fato lhe imputado, podendo o lapso temporal em que ficar cautelarmente segregado ser detraído de sua eventual pena definitiva”, disse.
“Ante o exposto, e em consonância com o parecer ministerial retro, indefiro o pedido apresentado pela Defesa e mantenho a prisão preventiva do autuado Raony Silva de Jesus”, determinou.
Relembre o caso
Na noite de 14 de abril, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá foi acionada sobre a ocorrência e equipes se dirigiram ao local, junto com a perícia e o Instituto Médico Legal. A vítima foi encontrada morta próxima à guarita do condomínio.
Ela conseguiu sair do local e correu em direção à guarita do condomínio, onde o marido a alcançou e desferiu golpes nas costas da vítima. Depois do crime, o rapaz fugiu em um carro branco.
Durante as diligências, com apoio da Polícia Militar, a DHPP foi informada de que o suspeito estava na região do bairro Osmar Cabral. Equipe da Delegacia de Delitos de Trânsito foi solicitada para apoiar as buscas e conseguiu localizá-lo próximo à unidade policial e prendê-lo.
Encaminhado à DHPP, o acusado foi ouvido em interrogatório pelo delegado Marcel Gomes de Oliveira. Ele alegou que teve uma briga com a vítima, por ciúmes e que estaria arrependido.
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