Cuiabá, Segunda-Feira, 22 de Dezembro de 2025
MORTE DE BANCÁRIA
06.12.2018 | 08h44 Tamanho do texto A- A+

Justiça nega liberdade a Dr. Bumbum novamente e marca audiência

O médico Denis Furtado está preso desde o dia 17 de julho pela morte da cuiabana Lílian Calixto

Reprodução

Médico Denis Furtado, que está há quatro meses no Rio de Janeiro

Médico Denis Furtado, que está há quatro meses no Rio de Janeiro

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O juiz Bruno Arthur Manfrenatti, da 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, negou o pedido de liberdade feito pela defesa do médico Denis Furtado, conhecido como "Doutor Bumbum". A decisão foi publicada na última segunda-feira (3).

 

O médico está preso desde o dia 17 de julho pela morte da bancária cuiabana Lílian Calixto, que ocorreu naquele mesmo mês.

 

Denis é acusado de aplicar na bancária uma dose acima do permitido de polimetilmetacrilato (PMMA) durante um procedimento estético em seu apartamento, na Barra da Tijuca, o que provocou a sua morte.

 

Ao negar o pedido de revogação da prisão preventiva, o magistrado alegou que a defesa do médico não apresentou justificativas suficientes para a liberdade dele.

 

“Ressalte-se que a defesa não trouxe aos autos nenhum elemento que alterasse a situação fático processual do acusado, permanecendo íntegros os motivos que ensejaram a sua custódia cautelar”, disse a juíza, na decisão.

 

Essa foi a segunda tentativa de soltura feita pela defesa do médico em menos de dois meses. No dia 5 de outubro, ao negar o primeiro pedido, o juiz afirmou que "a substituição da prisão por qualquer das medidas cautelares diversas da prisão não atenderia às finalidades da lei”.

Reprodução

Lilian Calixto

A bancária cuiabana Lílian Calixto, que morreu após passar por intervenção estética feita pelo Dr. Bumbum

 

Início das audiências

 

O juiz Bruno Arthur Manfrenatti agendou para a próxima terça-feira (11), às 14h15 (horário de Brasília), a audiência de instrução do processo.

 

Foram intimadas ao menos 14 pessoas de diversos estados do País.

 

“Ademais, no presente caso, constam na denúncia quatro denunciados e os fatos em julgamento mostram-se complexos, o que, a princípio, justifica a extrapolação do número legalmente estabelecido para melhor esclarecimento da dinâmica em questão”, diz trecho da decisão.

 

São réu no processo o médico Denis Cesar Barros Furtado; a mãe dele - e também médica - Maria de Fátima Barros Furtado; a namorada dele, Renata Fernandes Cirne; e a empregada doméstica Rosilane Pereira da Silva.

 

O caso

 

A bancária Lilian Calixto morreu após realizar o procedimento estético para o aumento dos glúteos.

 

Lilian agendou o procedimento com a namorada de Denis – que também atuava como secretária dele. 

 

No dia 14 de julho, Lilian desembarcou no Rio de Janeiro e foi ao apartamento do médico, na Barra da Tijuca, para passar pela intervenção estética.

 

A vítima morreu às 01h12 do dia seguinte no Hospital Barra D’Or, devido a complicação derivada diretamente do procedimento, 

 

Após quatro dias foragido, o médico e a mãe dele foram encontrados pela Polícia Militar em uma sala comercial no Rio de Janeiro.

 

Em agosto, foram revogadas as prisões temporárias da mãe, da namorada e da assistente do Dr. Bumbum.

 

Denis Furtado, porém, segue preso no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8),no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro.

 

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