Cuiabá, Terça-Feira, 1 de Julho de 2025
"PRECARIEDADE"
03.05.2024 | 14h09 Tamanho do texto A- A+

Justiça suspende show de Manu Bahtidão em município de MT

A decisão foi publicada nesta sexta-feira (3) e atende uma ação do Ministério Público Estadual

Reprodução

A cantora Manu Bahtidão, que teve show cancelado

A cantora Manu Bahtidão, que teve show cancelado

DA REDAÇÃO

A juíza Michele Cristina Ribeiro de Oliveira, da Vara Única de Ribeirão Cascalheira,  determinou que o Município suspenda o contrato com a cantora Manu Bahtidão, principal atração da 9ª Festa da Queima do Alho.

É de conhecimento notório que o Município padece de precariedade alarmante

 

A decisão foi publicada nesta sexta-feira (3) e atende uma ação do Ministério Público Estadual (MPE). 

 

O Município tem 24 horas para informar a população, no site da Prefeitura, que o show artístico foi cancelado.

 

A apresentação da cantora estava prevista para 5 de maio, último dia do evento. O custo geral da festa, conforme informação do Controle Interno do Município, seria de R$ 372 mil.  

 

Além do cachê da cantora, haveriam ainda despesas do ECAD, hotel e alimentação para 25 integrantes da equipe da artista, veículo de luxo blindado, vans para translado, camarins, trabalhadores para carga e descarga de equipamentos, palco, som, iluminação e estrutura física para o show nacional.

Na ação, o MPE afirmou que o valor é incompatível com os argumentos do Município de falta de verbas para cumprir medidas judiciais visando atender minimamente a população com serviços adequados nas áreas da saúde, educação e infraestrutura.

 

Para o Ministério Público, mesmo entendendo que a população tem direito a lazer e diversão, seria contraditório um show que envolva altas cifras tendo em vista a realidade local e a precariedade estrutural do município.

O MPE relatou que o próprio Município, em resposta aos pedidos de informação, confirmou a necessidade de retirar recursos de outras áreas e políticas públicas para custear as despesas do evento.

 

“Em concomitância com a realização do evento, com megaestrutura, shows nacionais, palco alternativo e atrações regionais, é de conhecimento notório que o Município padece de precariedade alarmante, não se mostrando proporcional e nem tampouco moral a realização de eventos desta magnitude quando o Município não oferece direitos básicos à população”, defendeu a promotora de Justiça substituta Bruna Caroline de Almeida Affornalli.

A promotora de Justiça apontou a falta de planejamento nas despesas gerais do evento, a partir da análise de contratos administrativos relativos ao gasto total de recursos públicos especificando os valores de contratação dos shows dos outros artistas: Mário e Thizil, Wender e Falcão, Léo Reis e Bruno, Jiraya Uai, Thiago e Jhonatan e Lúcia Ribeiro e Rodrigo Mota. 

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1 Comentário(s).

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Valdeci   03.05.24 14h19
Farra com dinheiro público, parabéns excelentíssima juíza..
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