Motorista que matou colega prensado por caminhão vai a Júri
Ele tem extensa ficha criminal e responde por homicídio qualificado e tentativa de homicídio
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Uisnei Silva de Oliveira (em detalhe), que foi preso após a morte de colega de profissão
DA REDAÇÃO
O motorista Uisnei Silva de Oliveira, acusado de matar Renan Souza Vieira, 28 anos, esmagado com um caminhão betoneira, no ano de 2024, em Rondonópolis (218 km de Cuiabá), vai a Júri Popular nesta quarta-feira (3).
O réu, que tem várias passagens pela polícia, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE), por homicídio qualificado e tentativa de homicídio contra outras duas vítimas, a esposa e a filha de Renan, que estavam na cabine do caminhão.
O crime ocorreu no dia 18 de julho de 2024, quando Renan foi esmagado por um caminhão betoneira conduzido por Uisnei. A esposa da vítima, Josiane Fonseca do Nascimento, de 30 anos, e a filha do casal, de apenas 1 ano, também estavam no caminhão atingido, mas escaparam com vida por circunstâncias alheias à vontade do acusado.
Imagens de câmeras de segurança capturaram o momento em que Renan tenta descer da cabine de seu veículo, mas é atingido por um caminhão betoneira que descia de ré.
Segundo informações da Polícia Militar, Renan era residente de Tangará da Serra (242 km de Cuiabá) e estava em Rondonópolis para descarregar o caminhão. Testemunhas relataram às autoridades que a vítima e o motorista da betoneira haviam discutido momentos antes do atropelamento. Após o incidente, Uisnei fugiu do local.
Segundo a promotora de Justiça Ludmilla Evelin de Faria S. Cardoso, o denunciado agiu por motivo fútil. "Com emprego de meio que resultou em perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas”.
A denúncia aponta que Renan sofreu traumatismo cranioencefálico ao ser prensado pelo caminhão betoneira, após uma manobra em marcha ré, intencionalmente, realizada pelo acusado.
O Ministério Público sustenta, ainda, que a manobra feita para matar Renan e matar Josiane e a bebê de 1 ano, foi realizada em via pública e colocou em risco outros pedestres e transeuntes.
"A promotora reforça que as vítimas não puderam se defender diante de tamanha brutalidade. O Ministério Público levará o caso ao Plenário do Tribunal do Júri para que o réu seja responsabilizado na forma da lei", disse o MPE em nota.