O Ministério Público do Estado (MPE) denunciou o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, e outras dez pessoas por diversos crimes no âmbito da Operação Hypnos, deflagrada pela Polícia Civil no dia 9 deste mês.
Eles são suspeitos de participação em esquema de corrupção instalado na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) no ano de 2021. Ao todo, o grupo é suspeito de desviar mais de R$ 3,2 milhões dos cofres públicos.
Além de Célio, também foram denunciados seu cunhado, João Batista de Deus Júnior; Eduardo Pereira Vasconcelos; Maurício Miranda de Mello; Mônica Cristina Miranda dos Santos; João Bosco da Silva; Gilmar Fortunato; Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva; Raquell Proneça Arantes; Jussiane Beatriz Perotto e João Victor Silva.
Célio Rodrigues está preso em Cuiabá acusado de crimes como associção criminosa, contratação direta indevida, peculato majorado e lavagem de capitais.
Para o MPE, a secretaria de Saúde pagou, de forma ilegal, mais de R$ 2,7 milhões à Remocenter por meio de compra de medicamentos que nem sequer foi entregue. A denúncia ainda relata que a empresa seria de “fachada” e composta por sócios-laranjas, criada justamente para dar legalidade às fraudes apuradas.
"Destaca-se ainda que a CGE-MT concluiu que a aquisição dos medicamentos ocorreu de forma direta e o pagamento foi realizado em caráter idenizatório, portanto, desprovido de processo licitatório e sem formalização da contratação", disse o promotor de Justiça Carlos Roberto Zarour Cesar, da 7ª Vara da Comarca de Cuiabá.
O Ministério Público ainda apontou que havia uma organização criminosa na Secretaria de Saúde de Cuiabá com a finalidade de desviar recursos da Empresa Cuiabana de Saúde Pública.
"As diligências revelaram a existência e o efetivo funcionamento de uma associação criminosa instalada no âmbito da Saúde do município [...] mediante falsas aquisições de medicamentos superfaturados e sem devida comprovação de recebemimento de mercadoria", apontou.
O grupo deve responder pelos crimes de associação criminosa, contratação direta indevida, peculato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, ocultação de documento público e inserção de dados falsos em sistema de informações majorado.
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1 Comentário(s).
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Eduardo pinho 28.02.23 08h46 | ||||
A cobra esta fumando, nenellllllll. | ||||
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