Cuiabá, Quarta-Feira, 17 de Dezembro de 2025
ALVOS DA COVERAGE
04.01.2022 | 14h00 Tamanho do texto A- A+

MPE pede condenação de Paccola e mais dois e exclusão da PM

Em alegações finais, órgão pediu absolvição de outros dois policiais, todos alvos da Operação Coverage

Divulgação

O vereador  tenente-coronel Marcos Paccola: pedido de condenação

O vereador tenente-coronel Marcos Paccola: pedido de condenação

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O Ministério Público Estadual (MPE) pediu a condenação de três policiais militares e a absolvição de outros dois na ação penal proveniente da Operação Coverage.

 

O pedido foi apresentado nas alegações finais da ação penal. O documento, assinado pelo promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta, foi encaminhado a 11ª Vara Criminal de Cuiabá no dia 30 de novembro de 2021, mas só veio a público agora.

 

 

Foi pedido a condenação do vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Cidadania), do  2º tenente Cleber de Souza Ferreira e do  3º sargento Berison Costa e Silva.

 

E a absolvição do tenente-coronel Sada Ribeiro Ferreira e do tenente Thiago Satiro Albino.

 

A Coverage apurou a adulteração de dados de uma arma utilizada em sete crimes de homicídio (quatro tentados e três consumados) praticados pelo grupo de extermínio denominado Mercenários.

 

No documento, o promotor de Justiça pediu a condenação de Paccola e Cleber Ferreira por falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informações.

 

promotor ainda requereu que os dois sejam excluídos da corporação.

 

Já com relação ao Berison, o promotor de Justiça pediu a condenação por inserção de dados falsos em sistema de informações.

 

Não foram acostados elementos probatórios suficientes para confirmar um decreto condenatório, porquanto impera dúvida razoável

Ainda na manifestação, Motta pediu a absolvição de todos os acusados pelos crimes de organização criminosa, obstrução de justiça e fraude processual por falta de provas. Isso porque, sengudo ele, há dúvida quanto a esses crimes.

 

“Aliás, não se está a afirmar, em hipótese alguma, que os denunciados não tenham supostamente incorrido nas práticas delitivas em epígrafe, mas apenas que, no caso sub examine, decorrida a instrução processual, não foram acostados elementos probatórios suficientes para confirmar um decreto condenatório, porquanto impera dúvida razoável”, diz trecho do documento.

 

Denúncia

Consta na denúncia que os oficiais militares utilizaram-se de seus cargos e funções de relevância para fomentar esquema criminoso voltado à adulteração de registros de armas de fogo, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema informatizado da Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio da Polícia Militar.

Uma das armas de fogo que teve o registro adulterado, adquirida por um dos denunciados, segundo o Ministério Público, teve como objetivo ocultar a autoria de sete crimes de homicídios, sendo quatro tentados e três consumados, ocorridos entre os anos de 2015 e 2016, praticados pelo grupo criminoso conhecido como “Mercenários”.

O MPE também apresentou a correlação das ações ilícitas dos denunciados com as investigações da Operação Assepsia, a partir da análise dos dados extraídos do aparelho celular do tenente Cleber de Souza Ferreira, apreendido durante o cumprimento de buscas e apreensões realizadas no âmbito da referida operação.

Segundo o MPE, em uma das conversas por whatsApp do tenente Cleber com a sua namorada, ele manifesta preocupação em resolver duas ocorrências relacionadas à apreensão de uma arma e de 86 celulares apreendidos e escondidos em um freezer localizado no interior da Penitenciária Central do Estado.

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COMENTÁRIOS
5 Comentário(s).

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Aldo   05.01.22 06h35
É preciso urgentemente criar uma lei onde todos sejam funcionários públicos geridos por uma única lei. Certas categorias de funcionários são tratados de forma diferente e isso tem que acabar, veja na esfera federal, a única categoria que tem sido sempre beneficiada é a dos policiais. E se comprovada as acusações sobre o vereador autor da lei do dia do "orgulho hétero" que não deveria nem existir muito menos ser aprovada ele deverá ter seu mandato cassado imediatamente.
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Graci Ourives de Miranda  04.01.22 14h46
É ! NAO HÁ NADA ESCONDIDO QUE NAO VENHA SER REVELADO?
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José Oliveira  04.01.22 14h31
Como sempre quando tem autoridade envolvida, isso é tempo perdido "da nada não" podem apostar.
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Juliana Arruda  04.01.22 14h24
Olha só o senhor honestidade...não entendi pq pega tanto no pé do prefeito
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AUGUSTO  04.01.22 14h15
APOSENTADO AOS 39 ANOS....isso só pode ser uma piada....essa legislação benevolente com a PM deve ser revista urgentemente...pois o fundo do poço da previdência estadual reside justamente na corporação da policia militar....imagina agora esse sujeito ficar recebendo aposentadoria até uns 80 anos pelo menos?? enquanto o servidor comum deve ir até os 75 anos...para depois gozar da aposentadoria por mais uns 5 anos.....ou seja.....esta o Estado todo a sustentar a aposentadoria da PM de longa data...agora multiplica isso ór 5 mil PMS.....pagando alíquota inferior ao normal em grande parte e ainda aposentando com no maximo 50 anos...ou seja....essa conta nao fecha....
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