O Ministério Público Estadual se manifestou contra o pedido de absolvição sumária do ex-PM Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, que matou a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48, em agosto deste ano.
O promotor Jorge Paulo Damante Pereira classificou o pedido da Defensoria Pública Estadual como “descabido”.
“Quanto ao pedido de absolvição sumária, de imediato, com base em um exame de insanidade mental do acusado realizado no ano 2016, trata-se, com a devida vênia, de pedido descabido”, afirmou o promotor.
Segundo Damante, ficou demonstrado que o réu “não possui nenhuma doença que o impeça de ter discernimento do que é certo e do que é errado”, disse.
A defesa alega o diagnóstico de esquizofrenia paranoide.
O promotor afirmou que apesar de a doenças carecer de atenção médica psiquiátrica, “de maneira alguma leva alguém a cometer a atrocidade que o réu deste processo cometeu, que, aliás, foi muito bem “elaborada”, não havendo nenhuma dúvida, portanto, quanto à integridade mental do acusado”, afirmou.
Cristiane foi estuprada, espancada e asfixiada até a morte na madrugada de 13 de agosto, um domingo. Almir foi preso em flagrante acusado de ter cometido os crimes.
O ex-PM ainda tentou dissimular o crime levando a vítima já sem vida, com um óculos escuro no rosto, ao estacionamento do Parque das Águas.
Ainda segundo o documento, foi realizado em 17 de agosto de 2023 um Relatório de Assistência Social, em que consta que, até o momento da avaliação (25/07/2023), “não foi observado (...) nenhum sintoma de delírios persecutórios, quadro psicótico, prejuízo cognitivo e/ou alucinações auditivas e visuais, inclusive”.
O crime
Cristiane e Almir se conhecerem poucas horas antes do assassinato, na noite do dia 12, no Bar do Edgare, na região da Arena Pantanal. Uma testemunha, familiar da vítima, a viu com vida pela última vez por volta das 23h30, quando foi embora do estabelecimento.
Almir saiu de casa com o carro da vítima, um Jeep Renegade, por volta das 8h da manhã. Cristiane já estava morta havia pelo menos seis horas e foi colocada no banco do carona do veículo.
Um óculos escuro foi colocado em seus olhos para dissimular que ela estava morta. Entre 8h30 e 9h, o corpo dela foi deixado no parque.
Assim que abandonou o corpo de Cristiane, Almir pediu uma corrida de aplicativo e voltou para casa. Meia hora depois, ele recebeu uma mulher com quem se relacionava há pouco tempo. Esse era o tericeiro encontro dos dois.
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2 Comentário(s).
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Graci Miranda 25.10.23 17h10 | ||||
Graças a Deus existe gente lúcida . Deve dar 10 anos de cadeia🙏🏿🙏👏🏿👏 | ||||
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aquiles 25.10.23 17h09 | ||||
tem que ficar preso um cara deste , é uma afronta a memória da vitima e familiares, e também a outras mulheres que pode ficar a merse de um cara deste assassino. cadeia nele urgente | ||||
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