Cuiabá, Sábado, 16 de Agosto de 2025
MATOU ADVOGADA
25.10.2023 | 14h09 Tamanho do texto A- A+

MPE vê pedido “descabido” e é contra absolvição de ex-PM

Defensoria Pública argumentou que Airton Monteiro dos Reis tem esquizofrenia

Agora MT

O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, que matou advogada

O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, que matou advogada

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

O Ministério Público Estadual se manifestou contra o pedido de absolvição sumária do ex-PM Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, que matou a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48, em agosto deste ano.

Quanto ao pedido de absolvição sumária, de imediato, com base em um exame de insanidade mental do acusado realizado no ano 2016, trata-se, com a devida vênia, de pedido descabido

 

O promotor Jorge Paulo Damante Pereira classificou o pedido da Defensoria Pública Estadual como “descabido”.

 

“Quanto ao pedido de absolvição sumária, de imediato, com base em um exame de insanidade mental do acusado realizado no ano 2016, trata-se, com a devida vênia, de pedido descabido”, afirmou o promotor.

 

Segundo Damante, ficou demonstrado que o réu “não possui nenhuma doença que o impeça de ter discernimento do que é certo e do que é errado”, disse.

 

A defesa alega o diagnóstico de esquizofrenia paranoide.

 

O promotor afirmou que apesar de a doenças carecer de atenção médica psiquiátrica, “de maneira alguma leva alguém a cometer a atrocidade que o réu deste processo cometeu, que, aliás, foi muito bem “elaborada”, não havendo nenhuma dúvida, portanto, quanto à integridade mental do acusado”, afirmou.

 

Cristiane foi estuprada, espancada e asfixiada até a morte na madrugada de 13 de agosto, um domingo. Almir foi preso em flagrante acusado de ter cometido os crimes.

 

O ex-PM ainda tentou dissimular o crime levando a vítima já sem vida, com um óculos escuro no rosto, ao estacionamento do Parque das Águas.

 

Ainda segundo o documento, foi realizado em 17 de agosto de 2023 um Relatório de Assistência Social, em que consta que, até o momento da avaliação (25/07/2023), “não foi observado (...) nenhum sintoma de delírios persecutórios, quadro psicótico, prejuízo cognitivo e/ou alucinações auditivas e visuais, inclusive”.

  

O crime

 

Cristiane e Almir se conhecerem poucas horas antes do assassinato, na noite do dia 12, no Bar do Edgare, na região da Arena Pantanal. Uma testemunha, familiar da vítima, a viu com vida pela última vez por volta das 23h30, quando foi embora do estabelecimento.

 

Almir saiu de casa com o carro da vítima, um Jeep Renegade, por volta das 8h da manhã. Cristiane já estava morta havia pelo menos seis horas e foi colocada no banco do carona do veículo.

 

Um óculos escuro foi colocado em seus olhos para dissimular que ela estava morta. Entre 8h30 e 9h, o corpo dela foi deixado no parque.

 

Assim que abandonou o corpo de Cristiane, Almir pediu uma corrida de aplicativo e voltou para casa. Meia hora depois, ele recebeu uma mulher com quem se relacionava há pouco tempo. Esse era o tericeiro encontro dos dois. 

 

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2 Comentário(s).

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Graci Miranda  25.10.23 17h10
Graças a Deus existe gente lúcida . Deve dar 10 anos de cadeia🙏🏿🙏👏🏿👏
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aquiles  25.10.23 17h09
tem que ficar preso um cara deste , é uma afronta a memória da vitima e familiares, e também a outras mulheres que pode ficar a merse de um cara deste assassino. cadeia nele urgente
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