Cuiabá, Sábado, 9 de Agosto de 2025
SUSPEITO DE ESQUEMA
08.08.2025 | 16h38 Tamanho do texto A- A+

Servidor do TJ passa por custódia e vai para presídio em VG

Mauro Ferreira Filho é acusado de ser “peça chave” em esquema que teria desviado R$ 20 mi

Montagem

O servidor do TJ Mauro Ferreira (detalhe), que está preso em VG

O servidor do TJ Mauro Ferreira (detalhe), que está preso em VG

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O servidor do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Mauro Ferreira Filho, passou por audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (8) e teve a prisão mantida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

 

Ele se apresentou na sede da Delegacia de Estelionato de Cuiabá na quinta-feira (7), preferindo ficar em silêncio.

 

Após a audiência, que foi por videoconferência, Mauro foi encaminhado para o Complexo Penitenciário Ahmenon, em Várzea Grande.

 

O servidor era considerado foragido da Justiça desde o dia 30 de julho, quando foi alvo da Operação Sepulcro Caiado, da Polícia Civil. Ele é apontado pela investigação como “peça chave” de um suposto esquema que pode lesado os cofres do TJ em mais de R$ 20 milhões.

 

A audiência no STJ foi conduzida por um juiz designado pelo ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, que é quem o conduz o caso na Corte.

 

"A audiência de custódia foi para verificar o cumprimento do mandato, que foi conduzido de maneira muito tranquila pela Polícia", disse o advogado Geraldo Bahia, que faz a defesa de Mauro Ferreira. 

  

Inicialmente as investigações foram conduzidas pela Polícia Civil, mas na noite da deflagração da operação foram avocadas ao STJ, ficando a partir de agora sob a responsabilidade da Polícia Federal. Não há detalhes sobre por que o STJ assumiu a investigação.

 

Peça-chave

 

A decisão que embasou a Sepulcro Caiado, proferida pelo juiz das garantias Moacir Rogério Tortato, apontou para um possível envolvimento de Mauro Ferreira no esquema criminoso. 

 

Ele, enquanto servidor, teria antecipado “movimentações processuais, promovido vinculações indevidas de valores e facilitar o acesso aos depósitos judiciais, inclusive antes da protocolização formal dos requerimentos”.

 

A Sepulcro Caiado investiga um grupo que teria atuado por anos manipulando registros da conta de depósitos judiciais para viabilizar saques indevidos, transferências simuladas e fraudes documentais, com prejuízo aos cofres públicos e às partes envolvidas em processos judiciais.

 

Segundo o delegado responsável pela operação, Pablo Carneiro, Mauro Ferreira era peça-chave no esquema. "Esse servidor conseguia fazer a movimentação da conta única do TJ. São valores antigos, de processos que estão parados há vários anos. Ele transferia valores dessa conta para contas vinculadas aos processos”, disse o delegado.  

 

Além Mauro, o inquérito envolve advogados e empresários, todos suspeitos de integrar o núcleo operacional e financeiro do esquema. As investigações apontam que os desvios podem ultrapassar R$ 21 milhões.

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