O desembargador Ricardo Gomes de Almeida, da Terceira Câmara Criminal de Mato Grosso, negou um recurso da defesa do policial militar Marcel Castor de Abreu, preso na última semana com R$ 800 mil em espécie. Ele pedia a soltura sob medidas cautelares.

Marcel foi detido na última quarta-feira (19), em uma agência bancária de Rondonópolis, durante uma operação da Polícia Federal que apurou movimentações financeiras incompatíveis com o perfil dele.
A investigação apontou que Marcel utilizava contas bancárias próprias e de terceiros para movimentar quantias milionárias, além de realizar saques anuais de grandes valores em espécie, com o intuito de ocultar a origem e o destino dos recursos.
A prisão preventiva do militar foi decretada pelo juiz plantonista, Rhamice Ibrahim Ali Ahmad Abdallah, que também determinou o bloqueio das contas bancárias do investigado.
A defesa, no entanto, alega que a conversão da prisão ocorreu de forma irregular e solicitou a aplicação de medidas cautelares ao militar.
O desembargador, porém, negou o pedido liminar da defesa, afirmando que a prisão foi determinada para manter a ordem pública e garantir o andamento das investigações da Polícia Federal.
O magistrado ainda destacou que a apreensão do dinheiro não foi um episódio isolado, já que Marcel teria movimentado, em apenas um ano, mais de R$ 11 milhões.
“Logo, fica evidente o periculum in libertatis, uma vez que a prisão preventiva do paciente é medida imprescindível e necessária para garantir a ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal”, afirmou o desembargador.
O crime
A prisão ocorreu em meio a uma ação da Polícia Federal voltada ao combate à lavagem de dinheiro envolvendo o militar. Também foram cumpridas medidas cautelares de bloqueio de valores determinadas pela 2ª Vara Criminal do município.
A investigação teve início neste mês, após informações indicarem movimentações financeiras incompatíveis com o perfil econômico de Marcel Abreu.
Ao longo da apuração, a Polícia Federal identificou que o investigado movimentou mais de R$ 66 milhões nos últimos anos, revelando evolução patrimonial e financeira sem correspondência com rendimentos de origem lícita.
As diligências apontam que o investigado utilizava contas bancárias próprias e de terceiros para movimentar quantias milionárias, além de realizar saques anuais de grandes valores em espécie, com o intuito de ocultar a origem e o destino dos recursos.
O saque de R$ 800 mil flagrado pelos policiais, segundo as investigações, fazia parte de uma estratégia de ocultação temporária para dificultar o rastreamento fiscal e posterior reinserção dos valores na economia.
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